Trabalho digno é o mais importante fator de inclusão socioeconômica
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Opinião

Trabalho digno é o mais importante fator de inclusão socioeconômica

Artigo por Rafael Cervone, presidente do CIESP-SP

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Rafael Cervone
Foto: CIESP/Divulgação

Neste mês no qual se comemora mundialmente seu dia, 1º de maio, cabe enfatizar o valor do trabalho e seu significado como o mais eficiente e digno meio de inclusão socioeconômica e acesso pleno às prerrogativas da cidadania. Seu objetivo, portanto, é focado no bem-estar dos indivíduos e da sociedade. É gente somando esforços e competências para o benefício de todos. As pessoas são a grande essência e o fim de todas as atividades e organizações. São elas os agentes das mudanças e dos avanços da humanidade.

Assim, não se justifica mais o anacrônico antagonismo entre capital e trabalho. Ao contrário, deve ser cada vez mais valorizada a sinergia e a união de esforços pelo sucesso dos negócios, que retroalimenta a criação de empregos e empresas e estimula a economia, contribuindo para o crescimento sustentado, distribuição de renda e mais qualidade da vida. A melhor resposta que o Brasil deu a essa contemporânea e avançada concepção das relações laborais foi a chamada minirreforma trabalhista, instituída pela Lei 13.467/2017, que valorizou o diálogo e os acordos entre sindicatos, empresas e seus colaboradores.

Há algum tempo, tudo o que era negociado pelas partes incorporava-se ao contrato de trabalho, mecanismo tecnicamente chamado de ultratividade. A extinção desta prática representou significativo ganho para empregados e empregadores e melhorou muito as negociações coletivas, que se tornaram mais adequadas às transformações disruptivas do Brasil e do mundo. Sem a perpetuação dos itens estabelecidos em cada acordo, estimulam-se condições mais vantajosas para os funcionários, bem como mais contratações.

Assim, um eventual retorno da ultratividade, como às vezes tem se cogitado, representaria inegável retrocesso. Seriam restabelecidos o desestímulo e as dificuldades no processo de negociações entre os sindicatos, fator que já causou muito desgaste no passado. Precisamos entender os desafios presentes e manter o olhar no futuro, concentrando esforços no desenvolvimento e ascensão do País ao patamar de economia de renda elevada.

Pelas mesmas razões, é muito importante manter a desoneração da folha de pagamentos, ou seja, a alternativa de as empresas pagarem a Contribuição Previdenciária Patronal com alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre o montante dos salários. A medida, que expira em 31 de dezembro próximo, contempla os 17 setores mais intensivos em recursos humanos no País e tem se mostrado eficaz para manter e criar postos de trabalho, atenuando a gravidade do desemprego provocado pela pandemia e as crises globais e nacionais.

O governo sinalizou que a desoneração deverá tornar-se permanente, entrando na segunda parte da reforma tributária, após outubro deste ano. Isso será positivo, mas não haverá tempo para que se produzam efeitos a partir de janeiro de 2024. Assim, é necessário que se aprove um dos projetos existentes no Congresso Nacional para a prorrogação da medida, enquanto tramitam as propostas de emendas constitucionais referentes às necessárias mudanças estruturais do sistema de impostos.

Esforço máximo deve ser feito em todas as frentes para o estímulo à criação e manutenção de empregos. Por mais que sejam necessários e importantes programas de renda mínima, o trabalho digno é o principal fator de inclusão e justiça social. O empenho para que seja a grande base do Brasil desenvolvido almejado por todos nós é um propósito que une os recursos humanos e as empresas na luta por nossas famílias, nossa vida e nosso país.

*Rafael Cervone, engenheiro e empresário, é o presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP).

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí.

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Você sabe o que é “Gestão por Excelência”?

Artigo por Tales Calegari, Diretor de Convênios e Parcerias do Município de Jundiaí.

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Tales Calegari, Diretor de Convênios e Parcerias do Município de Jundiaí, explica sobre Gestão por Excelência.
Foto: Arquivo Pessoal

Gestão por Excelência: Esse é um tema cada vez mais presente no mundo corporativo que tem criado grandes oportunidades no mercado de trabalho e se aproximado, também, da Administração Pública. De maneira muito simplista, a Gestão por Excelência tem por objetivo aprimorar a eficiência e a eficácia organizacional através de práticas e técnicas que visam melhorar a qualidade de produtos…

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O futuro dos idosos: desafios e soluções

Artigo escrito por Miguel Haddad

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Idosos dançando em par
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O envelhecimento populacional é uma realidade inegável, e suas repercussões já são percebidas de maneira contundente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), até 2050, cerca de 2 bilhões de pessoas terão mais de 60 anos, representando um quinto da população global. No contexto brasileiro, dados do Ministério da Saúde alertam para a crescente proporção de idosos, prevendo…

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A direita antipatriota continua vendendo o Brasil para a China comunista

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário

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Dois homens iniciando um aperto de mãos com uma bandeira da China e uma bandeira do Brasil em cima de uma mesa
Foto: Canva Pro

Uma suposta ameaça comunista no Brasil é frequentemente levantada pela direita para, com frequência, justificar ações autoritárias e ameaças à democracia. Essas ideias vagas ainda têm força, mesmo sem histórico de um “projeto comunista” que tenha chegado a ameaçar o Estado brasileiro. Diante da dificuldade de construir planos consistentes para avançar o Brasil, usam a pecha do anticomunismo como um ponto de unificação das direitas na sua diversidade.  O discurso…

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Privatização de setores estratégicos, ameaça à democracia, o desenvolvimento e a liberdade

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor.

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Foto: Canva Pro

O professor e historiador Donald Cohen, lançou a obra "Privatization of Everything" com uma forte reflexão sobre o papel do setor privado na sociedade global.  Para ele a privatização de empresas estratégicas nada mais é que entregar à iniciativa privada a autoridade, o controle e o acesso a bens públicos, muitas vezes extremamente necessários à população. O especialista também mostrou…

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Dia da Indústria: CIESP Jundiaí alerta para desafios e destaca importância da educação

O Dia da Indústria reflete a importância do setor industrial para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

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Marcelo Cereser, diretor do CIESP Jundiaí, durante evento oficial, vestindo um terno escuro e camisa clara, expressando seriedade.
Foto: Divulgação/CIESP Jundiaí

No próximo sábado, 25 de maio, o CIESP Jundiaí comemora o Dia da Indústria, uma data que convida todos os empresários a refletir sobre a importância do setor industrial para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. “A indústria é um dos pilares fundamentais da economia nacional, gerando empregos, inovação e crescimento. No entanto, enfrentamos, diariamente, desafios significativos que precisam…

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