
Dr. Domingos Anastasio foi, para muitos, um mito. Para outros, era um homem santo por ter ajudado tantas pessoas. Além disso, foi um cidadão que abraçou nossa terra e fez dela sua Pátria. Foi um homem de bem , teve amor ao próximo, empatia, benevolência e honrou integralmente o juramento de Hipócrates. Até os dias de hoje, ele recebe a gratidão e o respeito do povo jundiaiense. E é exatamente por esses motivos que será homenageado na coluna desta semana.

Nascido dia 30 de março de 1875, em Paola, província de Cosenza, na Itália, onde iniciou os estudos, formou-se médico em Roma, no ano de 1898. Em 1904, veio para o Rio de Janeiro e depois seguiu para Minas Gerais e São Paulo. Clinicou por um tempo em Campinas e mudou-se para Jundiaí em 1909, onde permaneceu juntamente com a esposa, Emília Michelina Ricci de Anastásio, até o fim da vida.

Casa de Saúde
Após trabalhar por 14 anos no Hospital São Vicente de Paulo, ele se uniu aos imigrantes italianos para fundar a Fratellanza do Mútuo Socorro, entidade destinada à colônia italiana. Em 1924, o médico transformou a entidade em Casa de Saúde. Após a morte dele, o hospital passou a se chamar Casa de Saúde Dr. Domingos Anastasio.

Dia 20 de julho de 1938 à 14h faleceu em decorrência de um AVC sofrido alguns dias antes , chamado de derramamento cerebral na época , durante os dias de agonia e sofrimento foi amparado por médicos de nossa cidade, Campinas e São Paulo onde depositaram todo os recursos da ciência médica disponível há 79 anos.
Os pobres de nossa cidade não acreditavam que havia falecido aquele médico italiano que atendia os menos favorecidos gratuitamente e que, muitas vezes, doava os medicamentos necessários ou entregava ao povo mais humilde valores em espécie, para que fizessem o tratamento da melhor forma possível.
Toda a sociedade jundiaiense ficou consternada e, não à toa, o funeral foi acompanhado por milhares de pessoas até o cemitério Nossa Senhora do Desterro.

Inúmeros telegramas da Itália chegaram à viúva, inclusive do Consul daquele País .A Escola Prof. Luiz Rosa suspendeu as aulas e, juntamente com outras instituições e comércios, hasteou a bandeira brasileira a meio-mastro.
Nunca se viu na cidade um número tão grande de coroas de flores dedicadas a ele: vinham de famílias tradicionais, como De Vecchi, Rappa, Giuntini, Bocchino, João Bourry, Kiss e Borin, mas também de tantas outras pessoas que fizeram questão de demonstrar o amor que sentiam pelo médico. A Argos Industrial parou a produção e liberou os empregados, que alegavam sequer conseguir trabalhar pela dor da perda.
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No sepultamento, enquanto o caixão descia até o túmulo, o Dr. Clóvis de Sá Benevides fez questão de enaltecer a vida e a obra do médico em benefício da humanidade. Essa foi a cena que muitos guardam até hoje na memória.
E aí, gostou da história desta semana?
Espero que tenha gostado e agradeço por nos acompanhar nessa viagem no tempo. Peço que ajude a preservar nossa história: envie fotos antigas e participe do grupo no Facebook.
Até a próxima!
 
					 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		 
			
		