Cica marcou época e vive na memória de todos os jundiaienses
Conecte-se conosco

Sextou com S de Saudade

Cica marcou época e vive na memória de todos os jundiaienses

Empresa criada na cidade foi uma das maiores do Brasil e teve como garotos-propaganda a Mônica e o Jotalhão

Publicado

em

Atualizado há

Cica
Cica foi uma das maiores empresa do país e marcou época: conheça essa história, contada por Max Geringer (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

Hoje vou fazer uma homenagem a dois símbolos de Jundiaí. Um é a empresa Cica, que deixou saudade e até hoje faz parte da memória de muitos jundiaienses. O outro é Max Gehringer, que deixou a cidade para brilhar como administrador de empresas e também escritor. Uso, para contar sobre a Cica, um vasto material escrito por ele, a quem aproveito para agradecer por todo o carinho.

A empresa foi criada pelos comerciantes Alberto Bonfiglioli e Antonino Messina, além do fazendeiro e comissário de café Orlando Paschoal Guzzo, todos da capital paulista. Os três já eram sócios há mais de uma década e, numa conversa, surgiu a proposta de usar a boa aceitação que o extrato de tomate Cirio (produzido por Messina) tinha como ponto de partida para um novo empreendimento conjunto.

Uma particularidade: Alberto Bonfiglioli era torcedor e dirigente do Palestra Itália. Em 1931, foi nomeado membro do Conselho. Em 1936, contribuiu para a construção das quadras de tênis do clube. Em 1937, ofertou cinco contos de réis para a construção das piscinas. Em 1938, foi eleito vice-presidente do Conselho Deliberativo (oficialmente chamado de ‘Grande Conselho’). Em setembro de 1942, participou da histórica reunião em que o nome da associação foi mudado para ‘Sociedade Esportiva Palmeiras’.

Fábrica

Segundo o censo de 1940, a comarca de Jundiaí tinha 58.203 habitantes. Pertenciam então a Jundiaí e depois foram emancipados: Rocinha (hoje Vinhedo), Secundino Veiga (hoje Várzea Paulista), Campo Limpo, Cabreúva, Louveira, Itupeva e Jarinu. Excetuados esses distritos, em 1941 o núcleo urbano de Jundiaí mal chegava aos 30 mil habitantes, e os principais empregadores da cidade eram a Cia. Paulista de Estradas de Ferro e diversas empresas de tecelagem.

Estrategicamente, Jundiaí era uma opção bastante favorável para a instalação de uma fábrica. Além da cidade ser um entroncamento de ferrovias ligando a capital ao interior e ao litoral para o escoamento da safra do café, em janeiro de 1940 havia sido inaugurada a Via Anhanguera, com pista única entre São Paulo e Jundiaí.

A decisão pela instalação da Cica em Jundiaí deveu-se a contatos que Bonfiglioli e Messina tinham há tempos com membros da colônia italiana da cidade. Entre eles estava Sperandio Rappa, estabelecido em Jundiaí como comerciante desde o final do século XIX e que prestava um serviço indispensável aos cidadãos italianos recém-chegados ao Brasil – a concessão de empréstimos em uma época em que bancos eram escassos e não emprestavam dinheiro a quem não tivesse bens para oferecer como garantia.

Mario Rappa, um dos descendentes do patriarca Sperandio, tinha afinidades comerciais e esportivas com Alberto Bonfiglioli. Além de industrial, Mario Rappa era o presidente honorário do Palestra Itália Football Club de Jundiaí, uma equipe de futebol razoavelmente forte nos anos 1930. Além disso, assim como Bonfiglioli, Mario Rappa tinha o grau de ‘cavalheiro’ da república italiana. Desde o início da Cica e por mais de 30 anos, Rappa apareceria nos balanços da empresa como principal membro do Conselho Fiscal.

Outro ‘paesano’ que certamente teve influência na escolha do local onde a Cica viria a ser instalada foi Attilio Vianello. Estabelecido em São Paulo desde 1888, Attilio havia sido importador e representante de firmas italianas no Brasil. Em Jundiaí, possuía desde a década de 1910 uma grande propriedade que começava ao pé do morro onde ficava a parte alta da cidade (no qual seria construído o popular ‘Escadão’) e se estendia por ambos os lados do Rio Guapeva.

O bairro Vianelo marca hoje os limites da antiga propriedade e a rua Atílio Vianelo homenageia seu dono original, que faleceu em 1939. Vizinha a esse latifúndio, havia uma razoável extensão de terras onde a Cica seria construída.

Para os jundiaienses que trabalharam na Cica, Salvador Messina Neto, o Turillo, foi durante décadas a cara da empresa, qualquer que fosse o título que ostentasse. Mesmo após as atividades terem sido encerradas, Turillo se manteria como presença constante em todas os encontros de ex-funcionários.

Construção

Para a construção da fábrica, foi destinada uma área triangular de 950 metros de frente e 500 metros na parte mais larga, fechando o ângulo na direção da primitiva ponte de madeira sobre o rio Guapeva, no limite com a propriedade da família de Attilio Vianello.

Outro imigrante italiano residente em Jundiaí, Giacomo Venchiarutti, era empresário (uma de suas empresas era o Cine Polytheama), arquiteto e construtor, e foi quem se encarregou das obras civis. Inicialmente foi aberta a rua (logo denominada rua Cica), na qual foi construída uma fileira de casas para os primeiros funcionários mais graduados. As obras começaram no final de 1939 e o primeiro pavilhão a ser edificado foi o da descarga e processamento de tomates, a futura ‘Seção de Extrato’. O primeiro escritório ficava nesse pavilhão e futuramente seria a ‘Seção de Frutas’.

Em 1950, funcionárias fecham as latas de goiabada (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

Foram também construídas a indispensável estação de captação e tratamento da água do Rio Guapeva (que passava dentro do terreno), a chamativa chaminé e a primeira parte da residência anexa à Cica, que seria ocupado por Antonino Messina e família. No mais, galpões provisórios foram erguidos para armazenagem de materiais e produtos acabados. As obras definitivas prosseguiriam pelos anos seguintes. A ‘Seção de Doces em Massa’ ganharia prédio próprio, em 1945. A ‘Seção de Geléia’, depois denominada ‘Produtos Diversos’, em 1952.

O filho de Giacomo, Vasco Venchiarutti (que seria eleito prefeito de Jundiaí em 1948, responsável por construir o Parque da Uva, o Bolão e o viaduto da Ponte São João) tinha 20 anos em 1941 e estava se formando em arquitetura. A partir de 1945, Vasco seria contratado para projetar e comandar a expansão das instalações da Cica. Foi dele o projeto, em 1951, para a construção da torre – característica mais marcante da fábrica.

O início das operações ocorreu dia 25 de agosto de 1941, uma segunda-feira. Mas a existência da Cica somente começaria a emergir na imprensa um ano e meio após a fábrica estar funcionando. As primeiras referências ao trabalho (e ao Extrato Elefante) apareceram em dezembro de 1942, em anúncios simultâneos em jornais de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Paraná.

Extrato de tomate

A primitiva ‘massa de tomate’, nome não registrado e que podia ser utilizado por qualquer empresa, vinha sendo importada de países europeus desde a década de 1850, em latas de meio quilo. Era basicamente um molho simples, constituído por tomate triturado e sal.

No Brasil, a massa de tomate era produzida por empresas regionais desde 1890, eventualmente engrossada com fécula de mandioca. A Peixe (Indústrias Carlos de Britto & Cia.), de Pesqueira (PE), fundada em 1898 e primeira grande empresa nacional de conservas, lançou a massa de tomate em 1911, e a manteve em linha por quase 50 anos.

Forno da fábrica jundiaiense com mensagem motivacional (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

A tarefa da Cica seria altamente complicada, porque a Peixe era uma potência. Líder disparada do mercado brasileiro, a fábrica em Pesqueira processava 700 toneladas de tomate por dia, sendo a maior parte cultivada em fazendas próprias (3 mil alqueires plantados).

Contando a lavoura e a fabricação, a Peixe empregava perto de 5 mil pessoas em 1940 e o extrato de tomate era exportado para os Estados Unidos. A Festa do Tomate, evento que marcava em Pesqueira o início da colheita anual no dia de São João, era inaugurada pelo próprio Ministro da Agricultura, como foi em junho de 1941.

Enquanto a Cica iria inaugurar a primeira unidade, a Peixe possuía sete unidades, sendo quatro em Pernambuco e as outras em São Paulo, no Rio e Minas Gerais. Apesar das adversidades, a empresa jundiaiense assumiu a liderança do mercado nacional na segunda metade da década de 1950, um feito que por si só diz muito sobre a competência e o comprometimento da primeira leva de dirigentes e empregados.

Nome

Desde o século XIX, “Conservas Alimentícias” era a denominação oficial dada pelo Ministério da Agricultura a estabelecimentos que produzissem alimentos processados e envasados, e diversas fábricas pelo Brasil adotavam essa denominação para a razão social.

José Roberto Bodelaci, em 1985, posa ao lado da deliciosa Maionese Cica (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

“Comércio e Indústria” era a designação genérica dada a empresas de qualquer setor que produziam e comercializavam seus produtos. Quando da constituição da Cica, usou-se o nome mais óbvio que ainda estava disponível: Companhia Industrial de Conservas Alimentícias, que formavam um acrônimo pronunciável: Cica.

O curioso é que o vocábulo ‘cica’, originário do tupi, significa ‘sabor amargo das frutas quando verdes’, mas pouca gente sabia (ou sabe) disso até hoje, e o nome foi adotado apesar de significar o contrário do que os produtos da CICA pretendiam ser.

Elefante

Bem antes da CICA, já existia no Brasil uma infinidade de produtos com a marca ‘Elefante’, que simboliza força e resistência. Nos primeiros 30 anos do século XX, Elefante foi marca de cerveja, de cimento, de cigarro, de arame farpado, de sal de cozinha, de arroz e polvilho, de cachaça, de giz, de tinta zarcão, de brochas e pinceis, de camas e colchões, de óleo de rícino, de pólvora, de carreteis de linha, de correias de couro, e de vinho de laranja.

Mas também existia nesse rol paquidérmico um produto alimentício, um extrato de tomate importado da Itália – ‘EstrattodiPomodorodi Parma marca Elefante’. Ele pode ter sido a primeira inspiração para os futuros donos da Cica, por ter sido utilizado na década de 1930 nas cozinhas das famílias italianas mais abastadas de São Paulo, que incluíam os Bonfiglioli e os Messina.

Elefante era a marca do extrato de tomate da Cica (Foto: Reprodução/Jundiaqui)

As propagandas iniciais do Extrato Elefante da Cica, de dezembro de 1942 até junho de 1943, mencionavam “duplo concentrado de tomate”, expressão que constava também na lata. Em agosto de 1943, o produto e os dizeres do produto foram alterados para “triplo concentrado”, com o lembrete publicitário “é melhor e rende mais”.

Em algum momento ao final da década de 1950, surgiria o jingle da tarantela napolitana, que reforçaria e explicaria essa característica do processo (“O Extrato de Tomate Elefante / é puro, é triplo concentrado / a CICA só trabalha com tomate selecionado”).

Mônica e Jotalhão

Em uma propaganda para a TV em 1964, a CICA havia utilizado um desenho animado do elefante selecionando tomates na esteira da linha de produção e no laboratório (“Você sim, você não”, dizia o cuidadoso mascote). Em 1969, a agência de propaganda Proeme, fundada em 1962 e que assumira a conta da Cica em 1966, teve a ideia de transformar aquele único comercial em uma série diferenciada, e fez um acordo com Maurício de Sousa para utilização dos personagens – inicialmente, a dentuça Mônica e o elefante Jotalhão – em comerciais do extrato de tomate Elefante.

Mônica fazia parte da divulgação (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

Como até então os personagens de Maurício de Sousa ainda não tinham vozes, porque ainda só existiam na versão impressa, foi preciso providenciá-las para os desenhos. O vozeirão do Jotalhão foi provido pelo ator Murilo Amorim Correa e a voz da Mônica pela dubladora profissional Magali Sanches. Quem viu TV na década de 1960 irá se lembrar dos dois. Murilo interpretava o comendador italiano Vitório, da dupla cômica Vitório e Marieta, da TV Record. E Magali Sanches dublava o personagem Will Robinson, o garoto da série de TV ‘Perdidos no Espaço’.

Derrocada financeira

Antonino Messina faleceu em 1966. Alberto Bonfiglioli, em julho de 1967. O filho mais velho de Bonfiglioli, Rodolfo Marco, tornou-se o novo presidente do grupo Auxiliar e da Cica.

Ele era vice-presidente do Banco Auxiliar desde 1952 (quando tinha 22 anos) e da Cica desde 1954. Tinha a caça como hobby. Em 1950, aos 20 anos, havia sido campeão paulista de tiro ao pombo. Em anos futuros, empreenderia grandes safáris na África.

Famosa torre da Cica: patrimônio de Jundiaí (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

Ao assumir a presidência, Rodolfo Marco Bonfiglioli mudou a dinâmica da Cica. Entre 1968 e 1970 foram implantadas novas áreas, como Recursos Humanos, Marketing e Planejamento. Mas a principal mudança seria a chegada de executivos de São Paulo, que iriam tomar a frente de todos os setores da empresa, em substituição à primeira geração de chefes que já estavam na empresa há um quarto de século.

Essa substituição foi paulatina – os chefes antigos foram mantidos e ganharam bons cargos, mas já sem a voz de comando que seus cargos anteriores lhes permitiam ter. Esse processo tirou aquela imagem de ‘empresa de família’ e, embora dolorido para muitos, ele funcionou pelo menos operacionalmente. Durante 15 anos, a Cica continuaria crescendo, com a instalação da Cicasul, da Cicanorte, da Cicatrade e da Cica Argentina, e a dianteira no mercado brasileiro nunca chegaria a ser arranhada.

Dia do Trabalhador na década de 1980: funcionários formavam a “família Cica”

Até então, a Cica era financeiramente sólida e já dominava o mercado nacional há três décadas. Mas em 19 de novembro de 1985, o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial do Banco Auxiliar SA, uma medida que pegou de surpresa o mercado leigo e os próprios funcionários do banco.

Somente após a intervenção do Banco Central é que se soube que a Corporação Bonfiglioli (então constituída por 44 empresas) vinha tendo sérios e crescentes problemas financeiros já há cinco anos, devido aos pesados empréstimos que contraíra. O passivo do Banco Auxiliar era de 700 bilhões de cruzeiros. A derrocada pública do braço financeiro do grupo Bonfiglioli arrastou as demais empresas das quais a família Bonfiglioli era acionista majoritária, dentre elas a Cica, que em dezembro de 1985 entraria em processo de concordata preventiva.

Casa utilizada por Antonino Messina resiste ao tempo (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

A primeira empresa a manifestar interesse na aquisição foi a Souza Cruz, mas em fevereiro de 1987 quem fechou o negócio foi o Grupo Ferruzzi, de Ravena, na Itália, já presente no Brasil em negócios de agropecuária, construção e comércio exterior. O valor da transação foi de 205 milhões de dólares (155 milhões pela compra, e mais 50 milhões de dólares em dívidas da Cica que seriam assumidas pelos compradores). Em maio de 1987, a Ferruzzi passou a comandar a empresa.

Em 1992, a Cica foi comprada pela Gessy Lever por 250 milhões de dólares. De 2003 a 2009, a CICA foi gradativamente desaparecendo, sendo aos poucos substituída por marcas globais da Unilever. Em setembro de 2010, a multinacional americana Cargill adquiriu da Unilever as marcas Cica, Elefante e Pomarola.

Gostou desta história? Tem alguma história interessante da cidade, um fato inusitado ou quer que falemos sobre algum assunto? Peço que ajude a preservar nossa história: envie fotos antigas e participe do grupo no Facebook.

Até semana que vem!

Sextou com S de Saudade

Clube 28 de Setembro carrega histórias de resistência e luta contra a discriminação racial em Jundiaí

Até hoje, o Clube 28 é referência de entretenimento, recreação e um marco na história negra de Jundiaí e do Brasil.

Publicado

em

Foto de antiga entrada do Clube 28 de Setembro, em Jundiaí
O nome do clube foi dado em homenagem à Lei do Ventre Livre, instituída em 28 de setembro de 1871 (Fotos: Acervo Maurício Ferreira)

Quem passa pela área central de Jundiaí já deve ter reparado naquele toldo preto, com o número 28 em vermelho e a sigla CBCRJ: Esse é o Clube 28 de Setembro. O centro cultural foi inaugurado no dia 1º de janeiro de 1895, a partir da iniciativa de um grupo de ferroviários negros, que se uniram para fundar uma agremiação…

Continuar lendo

Sextou com S de Saudade

Mário Milani, o craque jundiaiense que ia aos treinos pilotando um avião

Apesar do destaque em grandes clubes brasileiros, a carreira dele não é muito conhecida. Por isso, prestamos essa homenagem

Publicado

em

Mário Milani
Jundiaiense era considerado um grande profissional do futebol, além de contabilista e também aviador (Fotos: Acervo Maurício Ferreira)

O termo "voar em campo", muito usado nas resenhas do futebol, nunca serviu tão bem para contar a história desse jundiaiense que brilhou em muitos gramados com a camisa de alguns dos principais clubes brasileiros. Estamos falando de Mário Milani, jogador de futebol e contabilista que aprendeu a pilotar avião para não perder tempo nas viagens de trem entre Jundiaí…

Continuar lendo

Sextou com S de Saudade

Pipoqueiros marcaram época em Jundiaí: você conhece algum deles?

Publicado

em

Pipoqueiro Caxambu
Pipoqueiro na estrada de terra, no bairro Caxambu, na década de 1960: parte da história de Jundiaí (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

Algumas profissões ou determinados tipos de trabalho estão cada vez mais difíceis de serem vistos por aí, não é? Nos anos 1980, quem nunca aproveitou para amolar a faca ou afiar a tesoura quando ouvia aquele tilintar da bicicleta passando pela rua? Com a chegada da tecnologia, muitas dessas funções passaram a ser feitas pelas pessoas em casa, mesmo, graças…

Continuar lendo

Sextou com S de Saudade

Na Jundiaí de 1930, bombas de gasolina ficavam nas esquinas

Geralmente as bombas pertenciam a algum comércio próximo: você pagava e abastecia ali mesmo, na rua

Publicado

em

Posto
Tempo em que se podia abastecer os carros e caminhões sem a necessidade de um posto de combustíveis (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

Você imagina o mundo, hoje, sem postos de combustíveis? A gente teve um exemplo claro disso quando houve a greve dos caminhoneiros, em 2018: ninguém conseguia abastecer e o país virou um caos, não é? Mas já houve uma época em que nem se pensava em ter estabelecimentos assim e a gasolina era vendida nas esquinas. Nessas duas imagens que…

Continuar lendo

Sextou com S de Saudade

Meu amado avô Zeca: exemplo de cidadão a serviço da população

Era um homem com pouco estudo, muito trabalhador, detentor de espírito público e respeito pelo que pertencia ao povo

Publicado

em

zeca
Com meu avô e o primo Eduardo Massagardi (à direita) numa foto dos vários momentos juntos que passamos (Foto: Acervo Maurício Ferreira)

Nasci literalmente no interior da Prefeitura de Jundiaí, mais precisamente no Depósito Municipal que funcionou durante décadas na avenida Dr. Amadeu Ribeiro, no Anhangabaú, entre o Bolão e o Parque da Uva. Meu avô Zeca Ferreira e meu pai Ferreirinha (José Antônio) eram funcionários públicos e moravam nas casas da Prefeitura. Vim ao mundo, numa dessas moradias, pelas mãos de…

Continuar lendo
Publicidade