
Muitos túmulos do cemitério Nossa Senhora do Desterro, na região central de Jundiaí, são considerados verdadeiras obras de arte. Além de contar a história da cidade e das pessoas que aqui viveram, eles marcam o período em que um artista plástico italiano que vivia no município era considerado o “Príncipe do Mármore”.
Silvio Graziani nasceu em Florença, na Itália, dia 5 de maio de 1883. Veio para o Brasil aos 16 anos e cursou a Escola de Belas Artes no Rio de Janeiro, com o mestre Rodolpho Bernadelli. Lecionou artes plásticas, também, no Liceu do Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo.
Tornou-se arquiteto, escultor, pintor e professor de artes. Dentre tantas obras realizadas em Jundiaí, ele foi responsável por esculpir o busto do médico Domingos Anastasio, de Ruy Barbosa e do Marechal Floriano Peixoto.
A mais famosa delas é a escultura do Barão do Rio Branco, que faz parte do acervo do Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília (DF). Foi daí que veio o título de “Príncipe do Mármore”.

Em 1939, Silvio fez os capitéis da Igreja de Vila Arens e também aqueles bancos de cimento e granito que continham propagandas – permaneceram em nossa cidade até os anos 1970.

Os jazigos mais famosos são do prefeito Manoel Aníbal Marcondes, do jornalista Tibúrcio Estevam de Siqueira, do engenheiro Leonardo Cavalcanti e tantos outros em cidades de nosso Estado. Sylvio deixou uma vasta obra que até hoje é contemplada.

Especialmente de Leonardo Cavalcanti, conta a história que a escultura da mulher retratada sobre o caixão é a noiva do engenheiro, que faleceu vítima de um choque elétrico. A estátua retrata a sofrida despedida durante o sepultamento de Leonardo.
Silvio faleceu em Jundiaí, dia 30 de setembro de 1950.
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Até a semana que vem!
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