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Bem-estar

Dia da Conscientização do Autismo: pais de Lorenzo são exemplo de amor e superação

Família descobriu o diagnóstico há um ano e meio e, desde então, vem aprendendo todos os dias com o pequeno

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Foto: Reprodução/Instagram Leonardo Feitosa

Hoje, dia 2 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. O transtorno de desenvolvimento afeta o sistema nervoso, geralmente é diagnosticado na infância e prejudica a comunicação e interação social.

Os sintomas mais comuns observados em pessoas no chamado “espectro” são interesses obsessivos, comportamentos repetitivos e dificuldade de comunicação. Foi a partir de sintomas assim que o professor universitário Leonardo Feitosa e a esposa, Luciana Pacheco, começaram a desconfiar que o pequeno Lorenzo poderia ter autismo, há cerca de um ano e meio.

Luciana é pedagoga e percebeu que o comportamento do filho não era igual ao de outras crianças da mesma idade. “Atraso na fala, não olhava nos olhos, tinha comportamentos incompatíveis com a proposta dos brinquedos”, comentou Leonardo.

Estado de choque

“Inicialmente, conversamos bastante com a pediatra em várias consultas de rotina. Como desconfiávamos, já procuramos um psicólogo especialista em autismo”, conta o professor.

Para ele, o diagnóstico teve um impacto ainda maior que para a esposa. “O primeiro sentimento é o de negação. Raiva por vezes, confesso. Aquela pergunta no coração ‘por quê comigo?’. Demorei para entender o que estava se passando com ele”, disse. O diagnóstico de Lorenzo se somou a uma depressão que atingiu Leonardo, o que tornou as coisas ainda mais difíceis.

Logo o pai procurou ajuda profissional e aprendeu a aceitar, entender e compreender qual a melhor forma de ajudar o filho.

Luciana, Leonardo e Lorenzo (Foto: Reprodução/Instagram)

Tratamento intenso

Aos cinco anos, Lorenzo é submetido a diversos tratamentos que se complementam, com o objetivo de proporcionar ao pequeno uma vida adulta o mais independente possível.

De acordo com Leonardo, o filho faz 18 horas semanais de terapia. Entre os tratamentos, estão: terapia ocupacional, fonoaudiologia, equoterapia (um método terapêutico e educacional, que se baseia na montagem de cavalos) e um tratamento psicológico chamado Método Denver de Intervenção Precoce e Pec’s, além do acompanhamento periódico com a neuropediatra.

Lorenzo participa de um tratamento que conta com a ajuda de cavalos (Foto: Reprodução/Instagram)

“Sei que somos privilegiados por oferecer o que há de mais atual no tratamento do autismo e, por esse motivo, sempre que possível, quando somos surpreendidos com pais por muitas vezes ainda recém-chegados nesse universo azul, temos sempre prazer em dar nosso apoio e orientá-los, baseando-se nas nossa experiência”, conta Leonardo.

Rotina na pandemia

Algumas das pessoas inseridas no espectro autista precisam de muita organização e rotinas – esse é o caso de Lorenzo. Leonardo conta que a suspensão das aulas têm afetado muito o comportamento do filho e a pandemia trouxe alguns prejuízos.

“São três horas e meia de tempo que estava ocioso, deixando-o muito agitado. A equipe de terapeutas então se reprogramou para fluir as terapias de modo que ele fique a maior parte do dia com os comprimidos da terapia, o que o mantém mais calmo por trabalhar às questões do cognitivo, além do cansaço físico normal, que o faz ficar mais tranquilo em casa.”

Conscientização

Após o diagnóstico do pequeno Lorenzo, a vida da família precisou tomar um rumo totalmente novo e, até então, em um cenário pouco conhecido.

Os pais comentam que existem dias bons e dias ruins, uma angústia sobre o futuro incerto que os encara e, por isso, fazem o que estiver ao alcance para proporcionar ao garoto tratamentos eficazes e experiências incríveis. “Sei que a nossa jornada ainda será muito longa”, comenta Leonardo.

Ele e Luciana ainda utilizam toda a bagagem de conhecimento e trajetória para levar conscientização e apoio a outros pais que enfrentam os mesmos desafios.

Hoje em dia, o autismo tem certa representatividade (ainda que pequena) nas mídias e produções, aumentando o alcance de conhecimento sobre o tema. Um dos exemplos mais famosos e recentes é a série Atypical, da Netflix:

No entanto, ainda há muito o que ser feito, para reconhecer o transtorno e humanizar o tratamento social dado às pessoas no espectro. “O autismo ainda tem muito a ser estudado e interpretado e datas como esta servem para prepararmos casa vez mais um mundo de respeito, empatia e amor aí próximo”, conclui Leonardo.

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