Nesta segunda-feira (19), Jair Bolsonaro informou que a vacinação contra a Covid-19 não deverá ser obrigatória no país. Mesmo que o governo possa determinar essa obrigatoriedade, o presidente disse que a definição do Programa Nacional de Imunização é feita pelo Ministério da Saúde e que a decisão já foi tomada.
No dia 6 de fevereiro deste ano, Bolsonaro assinou a lei 13.979 que diz que “a realização compulsória de vacinação e outras medidas profiláticas” pode ser adotada em casos de emergência pública de saúde de importância nacional, decorrente do coronavírus.
De acordo com o presidente, qualquer vacina necessita de comprovação científica aprovada pela Anvisa e que não obrigará isso “a toque de caixa”. Bolsonaro ainda disse que não se pode obrigar as pessoas que já foram contaminadas pela doença e estariam imunes, a tomar a vacina, por exemplo.
“Então, o governo federal — repito e termino — não obrigará ninguém a tomar esta vacina”, afirmou.
De acordo com o anúncio do governador, “medidas legais” seriam adotadas àqueles que se recusassem a receber as doses da vacina. Seriam exceções as pessoas que apresentarem orientação médica contrária à imunização.
No anúncio mais recente, o presidente Bolsonaro, sem citar o nome de Doria, disse que quem propaga a ideia da vacina obrigatória não estaria pensando na vida ou saúde das pessoas.
“Quem está propagando isso aí, com toda certeza é uma pessoa que pode estar pensando em tudo, menos na saúde ou na vida do próximo”, disse o presidente.
Além disso, Bolsonaro também mencionou que essa pessoa estaria “levando o terror perante a opinião pública”.
“Vai obrigar essa pessoa a tomar essa vacina que, inclusive, por parte desta, custa mais de US$ 10? Por outro lado, do nosso lado, custa menos de US$ 4. Não quero acusar ninguém de nada aqui, mas essa pessoa está se arvorando e levando terror perante a opinião pública”.
Fala problemática
A fala de Bolsonaro pode causar prejuízos ao combate à pandemia e de outras doenças, segundo médicos e infectologistas.
“De uma maneira, essa fala pode levar pessoas a não quererem se vacinar, não darem importância à vacinação. Então, se nós chegarmos a ter uma vacina com eficácia significativa, isso [a fala do presidente] pode prejudicar o controle da Covid”, declarou o presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, Ricardo Tostes Gazzinelli.
A Sociedade Brasileira de Imunizações defende que a vacinação tem um dos maiores impactos positivos na saúde pública no mundo. Há muito tempo, a política de vacinação têm reduzido a mortalidade e aumentado a expectativa de vida da população mundial.
A diretora da Sociedade Brasileira de Infectologia, Lessandra Michelin, alertou sobre a importância do dever das autoridades públicas e de saúde em conscientizar a população sobre a importância da imunização.
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