Nesta sexta-feira (22), a Food and Drug Administration (FDA) – agência reguladora dos Estados Unidos – avaliou que a vacina Pfizer/BioNTech contra Covid-19 é segura e eficaz em crianças de 5 a 11 anos de idade.

Ainda de acordo com a agência, o imunizante traz mais benefícios do que riscos de efeitos colaterais nessa faixa etária. A FDA afirmou, em seu site, que comparou os riscos de morte, internação e outras consequências graves da Covid-19, com os efeitos colaterais da vacina, entre eles a miocardite.

Nos Estados Unidos, essa inflamação do músculo do coração tem sido associada às vacinas da Pfizer-BioNTech e Moderna, principalmente entre homens jovens.

“A análise concluiu que o número de internações por Covid-19 evitadas supera o de casos de miocardite em excesso associados à vacina”, disse a agência reguladora.

Ainda assim, a FDA ainda não aprovou o uso emergencial da vacina em crianças. A votação pelo comitê independente de especialistas em vacinas da agência deve acontecer nesta terça-feira (26).

Eficácia da vacina em crianças

A análise aconteceu no mesmo dia em que a Pfizer publicou dados que apontam que a vacina é 90,7% eficaz na prevenção de infecções em crianças de 5 a 11 anos.

Esse estudo da Pfizer acompanhou 2.268 crianças de 5 a 11 anos que receberam duas doses da vacina ou placebo, com três semanas de intervalo. Cada dose teve um terço da quantidade do imunizante administrada a adolescentes e adultos.

De acordo com os pesquisadores, 16 crianças que receberam o placebo foram infectadas com Covid-19; das que receberam o imunizante, apenas três pegaram o vírus.

No Brasil, a vacina da Pfizer está sendo ministrada em adolescentes a partir de 12 anos de idade. Em junho desse ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso do imunizante nessa faixa etária e, em setembro, depois de idas e voltas, o Ministério da Saúde liberou novamente a vacinação contra a Covid-19 de adolescentes de 12 a 17 anos, mesmo sem comorbidades.