A pequena Pip fazia uma viagem de barco com seus donos pela Califória, nos Estados Unidos, quando as fronteiras do país foram fechadas por causa da pandemia do coronavírus. Zoe, Guy e os filhos, Cam e Max, moram na Austrália e tiveram que retornar para casa depois da solicitação das autoridades de que todos voltassem para seus países.

Pelo fato de tudo ter acontecido de uma hora para outra, a família não conseguiu a tempo as documentações para levar Pip de volta à Austrália, e a cadelinha teve que ficar em solo americano. A solução foi deixar Pip hospedada na casa de uma amiga da família e buscá-la pouco tempo depois, mas a quarentena se estendeu.

De acordo com Guy, as documentações para levar um cachorro de avião para a Austrália levariam seis meses para ficar prontos. A família voltou para a Austrália no dia 28 de março e Pip só foi ao encontro da família em agosto.

Itinerário da Pip

O reencontro de Pip com sua família dependeu de uma rede de apoio e muitas viagens pelos dois países:

• O primeiro lugar foi na fazenda de Lynn Williams e, depois de precisar estender a estadia, Pip foi encaminhada para uma rede de cuidadores voluntários;
• Em abril, Pip foi levada para a casa de Ellen Steinberg, na cidade de Hillsborough, Carolina do Norte;
• No mês de junho, outra voluntária passou a tomar conta de Pip. Stacey Green;
• Toda a viagem de Pip era registrada por um perfil no Instagram (@noplans.justopcions). Foi pelo perfil que Melissa Young conheceu a história da cachorrinha e se ofereceu para ajudar. Melissa viajou com Pip em julho, até Los Angeles. A essa altura, a família já tinha autorização para viajar.

Mesmo com a autorização e as documentações, Pip ainda teve que ficar por dois dias em Auckland, na Nova Zelândia. Depois desse período, Pip seguiu para Melbourne, finalmente chegando à Austrália.

Pip ainda teve que ficar 10 dias em quarentena na cidade de Victoria, antes de voar para Sidney, em 3 de agosto, mas no dia não haviam voos disponíveis. Zoe, dona de Pip, ainda tentou buscá-la de carro, mas as autoridades já haviam fechado as fronteiras de Victoria.

A cadela só conseguiu reencontrar sua família com a ajuda de uma companhia aérea no dia 11 de agosto.

Zoe disse em entrevista que tinham medo de que Pip não reconhecesse mais a família depois de tanto tempo longe, mas que quando ouviu as vozes dos donos, a cadela correu para seus braços. “Foi absolutamente incrível tê-la de volta depois de todo esse tempo”, contou Zoe para a CNN.