A Prefeitura de Jundiaí mantém o trabalho de vigilância contra as arboviroses: dengue, zika, chikungunya e febre amarela. São notificações, vistorias residenciais e campanha de conscientização.

A equipe da Clínica da Família do Novo Horizonte realiza visitas periódicas em imóveis com registros de possíveis criadouros para vistoriar se foi feita a eliminação.

Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a grande circulação de pessoas durante o período de Carnaval, por regiões onde há forte transmissão das doenças, amplia o risco de mais casos.

Em Jundiaí, a dengue tipo 2 teve mais de 2,6 mil casos autóctones da doença. Neste ano, a cidade registra 24 casos confirmados até a quarta-feira (19), sendo 6 autóctones.

Ainda no município, não há registro de zika ou febre amarela. Já o chikungunya teve dois casos importados e dois suspeitos que aguardam o resultado da análise.

Prevenção

O gerente da Vigilância em Saúde Ambiental (Visam), Carlos Ozahata, orienta que a população evite descarte incorreto do lixo e locais que possam ser tornar criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Ele ainda afirma que ações realizadas pelas equipes de Atenção Básica é um reforço, mas se não houver o cuidado de cada ambiente e a colaboração da população, “podemos sofrer com o aumento no número de casos”.

Maria Edineide Lima, 42 anos, mora no Jardim Novo Horizonte há 30 anos. O cuidado com as plantas é feito pela sogra, que também mora com ela, o marido e o filho.

“No ano passado tivemos muitos casos de dengue aqui no bairro. As pessoas precisam cuidar dos seus espaços. Aqui em casa, ninguém ficou doente, mas entre os vizinhos, tivemos muitos casos”, afirma.

De acordo com a enfermeira da Clínica da Família Grace Paula da Cruz, a visitação específica contra as arboviroses faz parte do fortalecimento das medidas de prevenção e promoção de saúde.

“Apesar de toda a divulgação e trabalho educacional realizado sobre o tema, no ano passado, foi registrado o primeiro caso autóctone no bairro e ainda existem pessoas que são resistentes em eliminar os recipientes que podem acumular água em casa”, detalha.

Cuidados no Carnaval

O gerente da UVZ lembra que, no período da Carnaval, quando há grande movimentação de pessoas em viagens, é necessário observar o índice de transmissão das doenças para a cidade de destino do passeio.

Se não houver alternativa, as medidas preventivas de uso de roupas longas (camisas e calças) e repelentes são fundamentais para evitar ser contaminado.

“E, em caso de aparecimento de sintomas como febre, mal-estar, dores pelo corpo e atrás dos olhos ou manchas vermelhas, é fundamental buscar o atendimento médico mais próximo e informar o deslocamento para que as medidas de controle sejam desencadeadas a partir da notificação”, orienta Carlos.