Pesquisadora estuda documentos com história de bruxas de Jundiaí
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Pesquisadora estuda documentos com história de bruxas de Jundiaí

Estudante encontrou documentos que acusavam duas mulheres de terem matado um homem usando feitiçaria.

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Documento encontrado com acusações de que mulheres de Jundiaí eram bruxas.
Foto: Divulgação/Jornal da USP

A pesquisadora Narayan Porto, da Universidade de São Paulo (USP), baseou a sua tese de mestrado no estudo sobre “bruxas paulistas” do século 18. O projeto foi mencionado por um seu professor de filologia, na graduação em Letras, que foi inicialmente feito por outros pesquisadores da mesma universidade.

Mas a curiosidade de Narayan pelo tema aumentou após encontrar documentos na Cúria Metropolitana de São Paulo durante sua pesquisa. Nestes documentos, eram descritas acusações de bruxaria ligadas à duas mulheres de Jundiaí.

De acordo com a pesquisadora, o manuscrito original de 1754, relata sobre as rés Thereza Leyte e Escholástica Pinta da Silva, respectivamente mãe e filha. Ambas, segundo o documento, foram recebidas pela Justiça Eclesiástica de Jundiaí.

Ambas teriam sido acusadas de terem feito pacto com o diabo, além de terem matado por meio de feitiços, o primeiro marido de Escholástica, Manoel Garcia.

A acusação

Ainda segundo os estudos de Narayan, as acusações de bruxariam foram articuladas pela família de Manoel. No documento foi relatado que Escholástica teria causado feridas nas pernas do marido e o deixado cego, apenas ao tocá-lo.

Além disso, também é documentado que Manoel teria ficado enjoado após comer e que um sapato com pedaços de sua camisa foi encontrado, enterrado.

“Existia uma disputa, pois o Manoel morreu sem deixar nenhum testamento. Ele tinha alguns escravos indígenas, só que ele morreu e não deixou nada escrito. Então, para quem iriam esses escravos? Aí os parentes dele articularam tudo isso, contrataram um feiticeiro escravo, de origem africana, chamado Francisco, para levantar boatos contra essas mulheres”, explicou Narayan.

De acordo com a pesquisa de Narayan, na época as acusações de bruxaria como estratégia para eliminar “inimigos” era comum.

“Quando se levantava uma denúncia, ouvia-se testemunhas, e se a questão fosse resolvida aqui, tudo bem. Se achassem que o caso deveria ser encaminhado ao Santo Oficio Português, aí sim a pessoa seria encaminhada para Portugal. Lá, o réu seria preso, interrogado, torturado e uma sentença seria aplicada”, explicou a pesquisadora.

Mas, ao contrário do esperado pela família de Manoel, as rés foram inocentadas. Assim, a influência da família de mãe e filha foram essenciais para o desfecho que não terminou na morte de ambas.

“O pai da Escholástica, marido da Thereza, quando começou o boato, mandou prender o escravo e feiticeiro Francisco por levantar esses boatos e ele foi açoitado em praça pública. Ou seja, a família era muito influente e conhecida na cidade. Existia essa hierarquia.”

Segundo Narayan, o pai de Escholástica era juiz ordinário da Vila de Jundiaí, portanto tinha grande influência na sociedade da época. Ela explica ainda que o açoitamento do escravo não aconteceu pela fama de feiticeiro, e sim por ter mexido com duas mulheres poderosas na cidade.

Feitiçaria?

No século 18, o principal delito procurado pela Justiça Eclesiástica era as práticas supersticiosas, consideradas feitiçarias. Segundo a tese de Narayan, não era preciso muito para ser acusado por isso na época, ainda mais pela influência da religião.

“Se a pessoa buscava ervas, tratamento alternativo, além de Deus, já está errado. Esse esteriótipo de feiticeira caía muito mais sobre as mulheres do que os homens. Para ser considerada bruxa, bastava ser mulher. Temos a imagem do feiticeiro, mas ele passava muito mais a visão de curandeiro. A mulher não, ela era a bruxa’, explica a pesquisadora.

Para Narayan, sua pesquisa e o estudo dos documentos que encontrou têm a intenção de resgatar parte da história que estava esquecida.

Informações são do G1.

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