Mario Castro e o seu cão de 14 anos têm sorte em estarem vivos depois de terem ficado seis dias presos no deserto. O homem de 54 anos que mora no Arizona, EUA, decidiu ir visitar sua mãe no Texas, em uma viagem de carro no início deste mês. Mas a viagem não aconteceu como o previsto.

Quando Mario estava apenas a uma hora e meia de distância da casa da sua mãe, ele ligou para ela, para dizer que já estava por perto. No entanto, depois de perder a sua próxima saída na estrada, seu carro bateu numa rocha e ficou preso num caminho de terra batida no meio do nada. Assim, o homem decidiu sair do veículo junto de Zoe, seu cachorro, em busca de ajuda. Mas não havia ninguém para por perto na zona rural.

Determinado a voltar à estrada, tutor e cachorro caminharam por lugares rochosos durante vários dias. O clima desértico e muito quente não ajudou em nada a longa caminhada. “Foi muito difícil, e eu estava quase à beira da morte”, disse Mario ao canal KPNX. “Tinha tanta sede que ficava desidratado, mas depois encontrava um charco de irrigação, e voltava a beber água e a se hidratar”. Logo quando ele estava prestes a desistir, as coisas mudaram.

Zoe, o cachorrinho, também passava por momentos difíceis ao lado de seu amado tutor. “Senti que era o meu último dia. Os olhos do meu cão tinham afundado. Também senti como se fosse o seu último dia. Nos afundamos debaixo de uma árvore e eu fazendo um sinal de SOS com fogo”, contou.

Vidas salvas

Felizmente, Mario só tinha completado metade do S quando avistou uma caminhonete branca. Frank Martinez, um mecânico que estava verificando as trilhas de prática de off-road do Novo México com a sua esposa, notou imediatamente que algo estava errado com o homem.

“Vi que ele estava arrastando os pés – carregando umas botas velhas, talvez roupas – e lutando para me seguir, por isso parei”, disse ele. A princípio, o mecânico estava nervoso por se aproximar de Castro. Mas, vendo a situação do homem e do cachorro, decidiu ajudar. Assim, ele se ofereceu para o levar ambos para um hotel para que pudessem descansar um pouco. “Vi no espelho que ele comia e bebia como se não tivesse comido ou bebido em dias. Foi então que soube que era sério”, disse Martínez.

Depois de deixar Mario e Zoe no hotel, o mecânico e a sua esposa voltaram no dia seguinte ao deserto, para ajudar a recuperar o carro abandonado e até se ofereceram para consertá-lo. “Ambos quase morremos se não tivesse sido por ele”, disse Mario. Martínez também está feliz por o destino o ter levado até a dupla por acaso. “Penso em quê se não tivesse chegado lá ontem, ele não estaria aqui hoje, por muito mau que fosse”.