O Brasil, o nosso país, onde nascemos ou para cá viemos e fomos adotados, onde vivem ou irão viver nossos filhos e netos, atravessa uma das suas horas mais difíceis, marcada pela morte de milhares de pessoas, uma conta que tende a aumentar exponencialmente. Estamos em guerra, uma guerra contra um inimigo mortal, o coronavírus.

No mundo inteiro, em um exemplo extraordinário de cooperação, pessoas, países, entidades, empresas e instituições unem-se em torno do interesse de todos, eliminando barreiras nacionais, suspendendo confrontos, superando inimizades entre grupos étnicos, de uma forma nunca vista.

É assim que se deve proceder ante uma ameaça comum.
Acentuar divergências, em meio à luta contra o inimigo, é um desserviço e torna ainda mais difícil o combate. Este não pode ser um momento de divisões. O coronavírus não é de direita, de esquerda, de centro, de cima ou debaixo. Politizar o seu enfrentamento é sacrificar mais vidas.

Estamos na luta contra um adversário que já sepultou milhares de vítimas em todo mundo e que somente não atingiu proporções ainda maiores graças à solidariedade, à Ciência e, principalmente, ao sentimento do dever de abnegados heróis; médicos, atendentes, enfermeiros, assistentes, todo o conjunto dos agentes de saúde que estão na linha de frente dessa luta.

Temos de espelhar as nossas ações nesses fundamentos, que mostram resultados efetivos, visíveis na rapidez inédita com que estão sendo desenvolvidas, em um esforço mundial, terapias que possibilitem a cura da doença e vacinas capazes de conter a expansão do vírus, que já começam a ser testadas.

Não que se deva acabar com as nossas diferenças. A diversidade de opiniões é o fundamento do Estado Democrático de Direito.

Devemos apenas suspender, em nome de um bem maior, agora, essas divergências, e procurar o caminho da sensatez e da solidariedade.

Ao invés de acentuar o que nos divide, devemos buscar o que nos une.

Temos uma boa experiência nessa prática. Somos um país de amantes do futebol, de torcidas aguerridas que, no entanto, quando é a Seleção que disputa, tornam-se uma só.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí.