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Opinião

Os novos idosos

Artigo por Miguel Haddad

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Quando era prefeito, em meu segundo mandato, entreguei as moradias do Fazenda Grande, em Jundiaí, e deixei planejada a construção do primeiro condomínio dos idosos, implantado posteriormente pelo prefeito Ary Fossen. Outro dia fui lá fazer uma visita ao pessoal, todos na faixa da chamada terceira idade.

Saí do encontro revigorado. Vi não apenas moradores de um condomínio, mas uma comunidade animada, que cuida de seus problemas e comemora os bons momentos. Uma bela lição de vida. 

A ideia que a maioria de nós tem acerca dos idosos não está – e já faz algum tempo – em sintonia com a realidade. Antigamente, uma pessoa na faixa dos 50, 60 anos, era considerada idosa. Hoje em dia, para muitos nessa faixa etária, já não é mais assim: a vida continua praticamente igual, e pode ser usufruída em sua plenitude.

A atenção a essa camada da sociedade torna-se ainda mais importante quando sabemos que, em um certo momento, serão a maioria da população mundial. A previsão é que o número de idosos irá dobrar daqui a pouco mais de duas décadas. Ou seja: cada vez mais produtos, serviços – na realidade a própria estrutura social – estarão voltados, majoritariamente, para atender suas necessidades e demandas. 

E o que é mais importante: em razão do contínuo avanço da Ciência, as pessoas da terceira idade poderão, cada vez mais, gozar plenamente a vida.

Atenta a esses desdobramentos, a OMS (Organização Mundial de Saúde) instituiu a Década do Envelhecimento Saudável (2021-2030). Para atingir os objetivos propostos são necessárias ações multissetoriais, que envolvam segmentos como transporte, moradia, educação, trabalho, saúde e assistência social.

Para nós não vai ser fácil: segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tinha, em 2016, a quinta maior população de idosos do mundo e, no ranking entre 96 países melhores para essa faixa etária – conforme levantamento anual feito pela organização HelpAge em parceria com a Universidade de Southampton dos USA – estamos no 56º lugar. Figuramos bem no quesito renda, ranqueados no 13° lugar (82% dos 23,5 milhões de idosos no Brasil recebem – dados do IBGE – pensão de alguma forma, da assistência social). O que nos deixa fora do topo do ranking é o quesito ambiente favorável a idosos. Neste item estamos na rabeira, no 87° lugar.

Há, no entanto, para avançarmos aí, vários projetos viáveis, desenhados para melhorar a qualidade de vida dos idosos, integrando-os de forma dinâmica, cada vez mais, ao conjunto da sociedade. 

Tanto as entidades assistenciais quanto o poder público, em suas iniciativas voltadas para essa faixa etária, têm inúmeras opções. 

Listamos algumas: atividades físicas, oferecendo programas de exercícios e recreativos, além de atividades culturais; acessibilidade ao promover a adaptação de espaços públicos e transporte para torná-los mais favoráveis aos idosos; educação e treinamento ao ofertar programas de ensino para que possam se manter atualizados e interessados em novos conhecimentos. 

Além disso, facilitar o acesso a incentivos financeiros, como descontos em transporte público e eventos culturais e esportivos, o estímulo à ação voluntária, para que os idosos possam contribuir com a sociedade em projetos de caridade e assistência social e, finalmente, a integração social, via diferentes espaços, como centros comunitários, igrejas, associações de bairro e clubes, incentivando o contato com outras gerações.

Essas são apenas algumas ideias para um projeto de melhoria da qualidade de vida dos idosos. O que é importante é que sejam adaptados às necessidades e interesses específicos da comunidade que se pretende atender.

Assegurando a continuidade dessas iniciativas, estaremos proporcionando aos idosos do presente e do futuro – a juventude de hoje – uma vida melhor, mais próspera e mais produtiva.

Artigo por Miguel Haddad

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí.

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