A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde é de que máscaras cirúrgicas devem ser usadas somente por quem tem suspeita de Covid-19 e para profissionais de saúde.
No entanto, a recomendação foi ignorada pelo país inteiro e fotos de pessoas sem suspeita da doença circulando com máscaras cirúrgicas começaram a aparecer quando se trata do assunto.
Até o momento, segundo pesquisas, o vírus se espalha através de secreções e gotículas que saem da boca quando as pessoas tossem ou espirram, o que os médicos e cientistas chamam de aerossóis.
Ele detalha que máscaras cirúrgicas, como aquelas mais avançadas que são capazes de filtrar o vírus no ar e podem ser encontradas no mercado, mas não protegem o olho, por exemplo.
Segundo o virologista, as máscaras reduzem o risco de contrair o vírus através da contaminação mão-boca (porque a pessoa não vai conseguir tocar na boca nem no nariz), mas, sozinhas, elas não fazem efeito.
“Para os profissionais de saúde, elas fazem parte do todo um conjunto de equipamento individual de proteção, que deve incluir óculos, capa ou jaleco, luvas, etc.”, detalha.
Ele ainda detalha que para uma pessoa comum que não precisa estar em contato com pessoas que estejam doentes, não adianta usar uma máscara cirúrgica ou mesmo uma máscara N95, mas tocar em uma superfície contaminada e tocar no olho, que o equipamento não cobre.
“As máscaras têm outro problema, é a falsa sensação de segurança. A pessoa pensa: ‘ah, eu estou com a máscara, então posso sair, estou protegido’. E não é bem assim”, explica o virologista. “Sem contar que a maioria das pessoas não sabe usar, fica tirando para falar, aí leva a mão para o rosto pra tirar e colocar”, acrescenta.
Por que profissionais de saúde usam a máscara cirúrgica se ela não filtra o ar?
O ideal seria que todos profissionais da área usassem máscaras do tipo N95 ou PFF2, que fazem a filtragem do ar, mas elas estão em falta, segundo o Ministério da Saúde, que determinou obrigatório o uso de máscaras cirúrgicas.
Ainda de acordo com a pasta, “apenas o uso da máscara cirúrgica é insuficiente para fornecer o nível seguro de proteção e outras medidas igualmente relevantes devem ser adotadas, como a higiene das mãos antes e após a utilização das máscaras”.
Os equipamentos recomendados incluem protetor ocular ou de face, luvas, capote ou jaleco. Além disso, os profissionais recebem treinamento para como fazer o uso correto do material.
Pessoas com sintomas devem usar máscaras?
Sim. O Ministério da Saúde recomenda que pessoas com suspeita da doença devem usar máscaras cirúrgicas porque isso ajuda a reduzir a disseminação das gotículas com o vírus.
Máscaras feitas em casa adiantam para alguma coisa?
Segundo o virologista Abrahão, elas são ainda menos eficientes do que as máscaras cirúrgicas para proteger contra o vírus, porque não usam o tecido adequado e não são descartáveis.
“Você pode, se quiser, usar uma máscara feita em casa ou um cachecol, ele podem também ter o efeito de impedir que você toque na boca ou no nariz, mas depois de chegar em casa você tem jogar isso fora ou colocar imediatamente para lavar”, afirma ele.
Ele ainda orienta que se usar o mesmo dispositivo toda vez sem lavar, o efeito pode ser contrário, a pessoa pode ficar contaminada e causar uma disseminação maior do vírus.
É necessário comprar máscaras?
A OMS não recomenda que pessoas sem suspeita de coronavírus comprem máscaras. O uso da máscara é imprescindível apenas para pessoas com sintomas respiratórios da doença.
“E o motivo para isso é que elas evitem a transmissão para outra pessoa, não para evitar que elas mesmas se infectem”, afirmou Maria van Kerkhove, líder do programa de emergências da OMS.
Com a falta de informação, a corrida por essas máscaras fez com que houvesse falta delas para os profissionais de saúde. “A melhor forma de prevenção é o isolamento e o distanciamento. Mas o profissional de saúde não tem essa opção, ele precisa chegar perto das pessoas, então precisa das máscaras”, alerta Abrahão.
Vários hospitais públicos na região metropolitana de São Paulo já estão com diversos equipamentos de proteção em falta, e há relatos do mesmo acontecendo em outras regiões do Brasil.
Na entrevista coletiva de quarta (24), Gabbardo dos Reis, afirmou que o Ministério da Saúde vai “comprar toda a produção nacional de máscaras” para atender os hospitais, que “vai apreender todos os que tentaram exportar máscaras” e vai tentar comprar o máximo de máscaras que houver disponível no mundo.
Na terça (25), o Ministério da Saúde disse que já comprou 40 milhões de máscaras para serem distribuídas aos Estados e outras 240 milhões estão em processo de aquisição.
Em uma nota técnica sobre o coronavírus, o Ministério da Saúde disse também que “usar máscaras quando não indicado pode gerar custos desnecessários e criar uma falsa sensação de segurança que pode levar a negligenciar outras medidas como práticas de higiene das mãos”.
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