Diretor do Butantan prevê casos de Covid-19 no Brasil até 2021 e acredita que vacinação deve excluir quem já teve a doença
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Coronavírus

Diretor do Butantan prevê casos de Covid-19 no Brasil até 2021 e acredita que vacinação deve excluir quem já teve a doença

Dimas Covas defende que ao menos inicialmente, vacina não deve ser aplicada em quem já teve contato com o vírus

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vacina coronavac. (Foto: Divulgação/Luis Simon)
Teste da vacina Coronavac no Instituto Butantan. (Foto: Divulgação/Luis Simon)

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse na manhã desta quarta-feira (19), que casos ativos de Covid-19 devem ser registrados no Brasil até 2021.

“Como essa epidemia ainda vai durar alguns meses e seguramente atravessaremos o ano com casos ativos, então, a vacina será muito útil nesse sentido”, afirmou Covas durante uma ação de testagem em moradores da Brasilândia, na Zona Norte da capital paulista.

A região concentra o segundo maior número de mortes registradas no município, segundo dados da Prefeitura de São Paulo.

Covas também acredita que uma vez liberada a vacina, o programa nacional irá aplicar metodologia similar a da imunização contra a gripe e deverá, ao menos inicialmente, excluir quem já teve a doença ou contato com o vírus.

“Imagino que com o nível de prevalência que nós temos hoje isso não chegaria a mais de 80 milhões [doses]. Uma boa parcela da população lá no começo do ano já teria sido acometida pela infecção”, afirmou Covas.

“Até pode vacinar, não necessariamente necessita. Num primeiro momento (de vacinação), aqueles que não tiveram a infecção e, num segundo momento, aqueles que tiveram. Vamos acompanhar. Obviamente o indivíduo que já teve a infecção tem uma proteção natural, existe uma certa dúvida de isso é protetor, por quanto tempo, mas já existe essa proteção.”

O Instituto Butantan é parceiro de um laboratório para a produção da Coronavac, vacina chinesa contra o coronavírus que está em fase final de testes. A previsão é a de que o instituto receba, até o final do ano, 15 milhões de doses. Além das doses já prontas, o Instituto também receberá material para poder dar início ao processo de produção da vacina localmente.

Covas acredita que, com as doses suficientes, a campanha de vacinação possa ser concluída até a metade do próximo ano.

“Normalmente uma campanha dura de 3 a 4 meses. É um tempo que a gente tem muita história, nesse prazo, existe uma logística muito grande. (…) O Ministério (da Saúde) tem alguns projetos em andamento, com a AstraZeneca, um projeto possível com o Butantan, e a secretaria de estado, mas isso ainda não está consolidado, então isso depende muito do quantitativo de vacinas que o Ministério vai conseguir incorporar.”

Investimento

Em entrevista à radio CBN na manhã desta quarta (19), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) disse que enviou ao Ministério da Saúde um pedido de investimento de R$1 bilhão para a produção da vacina chinesa.

À rádio, ele diz ter cobrado do governo federal “equidade” de investimento para as duas vacinas que estão na terceira fase de testes. O montante solicitado pelo governo paulista é o mesmo destinado à Fundação Oswaldo Cruz, que trabalha na imunização da Universidade de Oxford.

Diagnosticado com coronavírus na semana passada, Doria permanece assintomático e cumpre agenda de compromissos em isolamento doméstico.

Com informações do G1.

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Jundiaí está sem estoque de vacina contra Covid-19

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Criança recebendo vacina contra Covid-19
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Em pouco mais de três anos de pandemia, cerca de 20 milhões de pessoas morreram em decorrência do coronavírus (Foto: Reprodução)

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Na noite desta segunda-feira (24), o Ministério da Saúde anunciou a liberação da vacina bivalente de reforço contra Covid-19 para qualquer pessoa acima de 18 anos de idade. Podem receber a bivalente quem já recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas monovalentes, como Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer. A aplicação da bivalente deve acontecer em um intervalo de pelo menos quatro…

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