'Não sei por que correr', diz Bolsonaro sobre vacina contra a Covid-19
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Coronavírus

‘Não sei por que correr’, diz Bolsonaro sobre vacina contra a Covid-19

O presidente também criticou a judicialização do tema, alegando que “não pode um juiz decidir se você vai ou não” receber o imunizante

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Entrevista de Bolsonaro. (Foto: Reprodução)
Presidente voltou a defender medicamentos sem eficácia comprovada. (Foto: Reprodução)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (26) não entender por que há uma corrida intensa pela vacina contra a Covid-19. Segundo a Universidade Johns Hopkins, o coronavírus já infectou mais de 43 milhões de pessoas no mundo e matou mais de 1,1 milhão. 

No Brasil, são mais de 157 mil óbitos. Bolsonaro declarou que, de acordo com as informações que chegaram até ele, a vacina mais rápida até hoje levou quatro anos entre o desenvolvimento das pesquisas e o processo de aprovação. Disse que, diante disso, não entende a pressa por um imunizante contra a Covid-19.

“Nós queremos é buscar uma solução para o caso. Todo mundo diz que a vacina que menos demorou até hoje foram quatro anos. Eu não sei por que correr em cima dessa”, disse o presidente Jair Bolsonaro.

Judicialização da vacina

O presidente também criticou a judicialização do tema, alegando que “não pode um juiz decidir se você vai ou não” receber o imunizante. “Entendo que isso não é questão de Justiça, e sim de saúde acima de tudo”, disse ele durante a conversa matinal com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, residência oficial do governo. 

A polêmica sobre a vacina chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal) na semana passada. Partidos de oposição ao governo acionaram a Corte, na última sexta-feira (23), para tentar obrigar Bolsonaro a colaborar com o desenvolvimento de toda e qualquer vacina contra a Covid-19. No mesmo dia, o presidente do tribunal, ministro Luiz Fux, afirmou que a judicialização sobre o tema será “importante”.

A celeuma se intensificou com a disputa política entre Bolsonaro e João Doria (PSDB), governador de São Paulo, que é o principal apoiador da vacina que está sendo desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, a CoronaVac. Na semana passada, o presidente desautorizou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e mandou cancelar um acordo de intenções assinado pela pasta para a compra de 46 milhões de doses do imunizante. 

Bolsonaro e Doria também duelam sobre a obrigatoriedade da vacina. O tucano argumenta que a imunização da população deve ser compulsória. Já o presidente defende que a decisão sobre tomar ou não a vacina deve ser pessoal. No entanto, decreto assinado por ele em fevereiro, regulamentando as ações federais durante a pandemia, diz que a vacinação deve ser obrigatória e coordenada pelo Ministério da Saúde. 

Vacina de Oxford 

O governante comentou as informações publicadas hoje pelo jornal Financial Times. Segundo a publicação, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford gera uma resposta robusta na imunidade entre idosos, assim como em adultos numa faixa etária mais jovem.

“Um jornal lá de fora publicou uma notícia bastante promissora para a vacina de Oxford. São várias empresas e universidades que estão aí buscando a vacina para o Covid. O que a gente tem que fazer aqui é não querer correr, não querer atropelar. Não querer comprar dessa ou daquela sem nenhuma comprovação ainda. E a gente aguarda logicamente para falar melhor desse assunto. A publicação disso em uma revista científica.” 

Após o acordo frustrado sobre a CoronaVac, Bolsonaro passou a dizer que não permitirá que o povo brasileiro seja cobaia e que não apoiará nenhuma vacina sem comprovação.

No entanto, em agosto deste ano, o presidente assinou medida provisória que autoriza o pagamento de quase R$ 2 bilhões para os testes e fabricação da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório sueco Astrazeneca. Segundo estimativa do Ministério da Saúde, serão 100 milhões de doses. 

O lote já havia sido anunciado em acordo fechado no final de junho. Assim como a vacina do Sinovac, a de Oxford está na fase 3, de testes massivos em voluntários, ambas ainda sem eficácia comprovada nem registro autorizado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). 

Presidente volta a defender medicamentos sem eficácia comprovada

O presidente também declarou hoje que, além da imunização, a ciência deve focar na busca de uma cura para o coronavírus. 

“Eu dou minha opinião pessoal. Não é mais barato, nem fácil, investir na cura do que até na vacina ou jogar nas duas. Mas também não esquecer a cura. A cura aí… Eu, por exemplo, sou um testemunho. Eu tomei a hidroxicloroquina, outros tomaram a ivermectina, outros tomaram Annita… E deu certo. E, pelo que tudo indica, todo mundo que tratou precocemente com uma dessas três alternativas aí foi curado”, disse o presidente, sem apresentar dados.

Apesar do otimismo de Bolsonaro em relação aos medicamentos citados, a comunidade científica ressalta que não há, até o momento, qualquer tipo de comprovação quanto à eficácia dos mesmos. 

A OMS (Organização Mundial da Saúde) já informou que a hidroxicloroquina não tem eficácia contra o coronavírus. Já um estudo preliminar sobre o vermífugo Annita mostrou que ele reduz a carga viral, mas não diminui os sintomas da Covid-19 nem as hospitalizações por causa da doença.

Com informações do Portal UOL.

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