Uma viagem dentro de Jundiaí: conheça as belezas da mesquita da Vila Arens
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Uma viagem dentro de Jundiaí: conheça as belezas da mesquita da Vila Arens

Com uma arquitetura um tanto quanto diferente, a construção desperta a curiosidade de quem nunca enxergou para além daquelas grandes janelas

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Mesquita se destaca na região e tem o interior cheio de detalhes (Fotos: Tribuna de Jundiaí)

Jundiaiense que é jundiaiense já passou incontáveis vezes pelo Viaduto da Duratex e seus arredores. E certamente, nessas ‘andanças’, reparou a bela mesquita que ali está desde 1989. Com uma arquitetura um tanto quanto diferente, a construção se destaca em meio as outras, despertando a curiosidade de quem nunca enxergou para além daquelas grandes janelas.

O Tribuna de Jundiaí esteve lá, para conhecer um pouco mais sobre a arquitetura do local e as crenças dos frequentadores. A visita foi em uma sexta-feira, data em que acontece o Jummah, que é a celebração mais importante da semana para os muçulmanos. “Como o domingo para os católicos”, conta Faouez Ayoub, frequentador da mesquita e neto de um dos fundadores.

A arquitetura é bem diferente do que estamos habituados no Brasil. Ao adentrar as grandes portas do salão principal, cores e desenhos coloridos tomam conta do cenário. No meio do grande espaço, um lustre bem grande se torna protagonista.

As pinturas, que tomam conta de toda a mesquita, da parede ao teto, foram feitas por um egípcio. Já ao redor de toda a abóbada, há escritos em árabe com Suratas, os capítulos do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.

A celebração para Alá, o Deus do islamismo, é toda feita em árabe, pelo sheik, que é egípcio. Já a tradução para o português é feita por um marroquino. Na mesquita há tanto estrangeiros que não sabem falar português, quanto brasileiros que não tem relação nenhuma de descendência árabe. “Eu fui evangélica por 32 anos. Eu estudava hebraico e acabei conhecendo o islã e aí me reverti”, conta Ione Maria, 64 anos, muçulmana há dois anos.

No entanto, a grande maioria dos cerca de 150 frequentadores são descendentes diretos de imigrantes, principalmente libaneses e palestinos. Foram, inclusive, personagens destas duas nacionalidades que fundaram a mesquita: três libaneses e dois palestinos.

Fauze Taha, filho de um dos fundadores libaneses, conta que seu pai veio para o Brasil em busca de uma oportunidade melhor de vida, assim como vários outros libaneses no século passado. “Houve uma grande imigração para cá, já que no Líbano não tinha muita indústria, vivia-se mais da agricultura. A maioria dos libaneses que vieram para o Brasil eram católicos, mas havia uma parcela menor que era muçulmana, assim como os fundadores da mesquita”.

A religião

Todas as sextas-feiras os frequentadores se reúnem às 13h na mesquita para uma palestra, feita pelo sheik Said, seguida por oração em árabe. A sexta-feira, de acordo com a religião, é adotada como o dia sagrado, o chamado Jummah.

Além da sexta-feira, os adeptos rezam cerca de cinco vezes ao dia: ao amanhecer, ao meio-dia, à tarde, no pôr do sol e à noite. Sempre que possível, eles devem fazer essas orações diárias na mesquita. Já os ensinamentos religiosos são passados por meio do Alcorão, o livro sagrado do islamismo.

Um dos pilares da religião é o Ramadã, nono mês do calendário islâmico, baseado nas fases da lua – o que faz com que o Ramadã ocorra em diferentes meses a cada ano. “Depende do calendário lunar”, continua Faouez. Além de seguirem esse calendário, a lua também aparece no símbolo do islamismo, uma lua crescente com uma estrela. O mesmo símbolo, em estruturas metálicas, adorna o topo das torres da mesquita.

Durante o período do Ramadã, que dura um mês, é feito jejum do nascer do sol ao pôr do sol, com abstinência de qualquer comida e bebida. Faouez conta que é um mês de reflexões, em que os adeptos pensam mais nas suas ações, e é também uma época em que é estimulada a caridade aos mais pobres. Ao final do Ramadã, os adeptos que têm a possibilidade, fazem uma peregrinação até Meca, cidade considerada sagrada que fica na Arábia Saudita.

A religião, dessa forma, conta com cinco pilares. São eles: crer em Alá e em Maomé, o último dos profetas; realizar cinco orações diárias; ser generoso com os pobres e dar esmolas; obedecer ao jejum religioso durante o Ramadã; e ir em perenigração à Meca pelo menos uma vez durante a vida.

Durante o Jummah, mulheres e homens ficam separados. “É para que todos consigamos nos focar mais durante a oração, para a gente não se desfocar e perder a atenção. Isso serve tanto para nós, quanto para elas”, comenta Fauze Taha.

Preconceito

Por ser uma religião minoritária, os frequentadores comentam que o preconceito é real. “Existe preconceito, assim como com tudo que é desconhecido. A mídia aborda muito o terrorismo, mas o islã prega a paz. Muitos de nós somos agredidos. Eu nunca fui, mas já ouvi histórias”, comenta Ione Maria, enfatizando que não compactua com os casos de terrorismo praticados por alguns adeptos.

Para mudar essa visão, Faouez conta que a mesquita de Jundiaí abre as portas para todos que desejam conhecer um pouco mais sobre a religião e o espaço, afim de desmitificar a visão que a maioria das pessoas têm. “Abrimos para escolas e até mesmo para estudantes de teologia. Sempre recebemos escolas na mesquita, é um trabalho importante para nós”.

Quer saber mais? Confira algumas fotos que tiramos por lá:

O espaço é todo decorado e o chão é cheio de tapetes (Foto: Tribuna de Jundiaí)

 

A riqueza de detalhes nos desenhos impressiona! (Foto: Tribuna de Jundiaí)

 

O grande lustre se torna protagonista no grande salão principal (Foto: Tribuna de Jundiaí)

 

O sheik Said comandando a oração (Foto: Tribuna de Jundiaí)

 

Cerca de 150 pessoas frequentam a mesquita de Jundiaí (Foto: Tribuna de Jundiaí)

 

Fiel ora durante o jummah (Foto: Tribuna de Jundiaí)

 

Na parte de cima ficam as mulheres; fiel se ajoelha e reza em direção à Meca (Foto: Tribuna de Jundiaí)

 

Sheik e fiel sobem as escadas do grande salão (Foto: Tribuna de Jundiaí)

 

Do outro lado da janela, o movimentado viaduto da Duratex (Foto: Tribuna de Jundiaí)

 

No topo das torres, a lua crescente, símbolo do islamismo (Foto: Tribuna de Jundiaí)

 

Do topo das torres, observa-se uma igreja católica; Na mesma região, religiões se misturam e vivem em harmonia (Foto: Tribuna de Jundiaí) 

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Prefeito Luiz Fernando Machado nomeia nova diretoria da FMJ

A cerimônia de posse ocorrerá no Anfiteatro Pedro Favaro, com planos ambiciosos para expandir ensino, pesquisa e assistência na FMJ

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Evaldo Marchi e Ana Carolina Marchesini celebram nomeação para dirigir a FMJ, focando em inovação e excelência acadêmica até 2028 (Foto: FMJ)

O Prefeito de Jundiaí, Luiz Fernando Machado, nomeou, através da portaria 78/2024, os professores Evaldo Marchi e Ana Carolina Marchesini de Camargo como diretor e vice-diretora da Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ) para o período de 2024 a 2028. A cerimônia de posse será realizada no dia 25 de maio, sábado, às 10h, no Anfiteatro Pedro Favaro da FMJ.…

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9ª Brasil Log chega a Jundiaí com encontros estratégicos, inovações e tendências

Descubra as últimas inovações em logística, participe de palestras exclusivas e faça networking com líderes do setor na Brasil LOG 2024

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A imagem mostra uma exposição ou feira de tecnologia industrial, onde pessoas estão observando e discutindo equipamentos de automação, como transportadores de rolos usados para movimentação de caixas. No centro, há uma máquina amarela com esteiras rolantes que transportam caixas de papelão. À direita, um grupo de pessoas, algumas de terno, conversa próximo aos estandes.
Visitantes exploram as soluções inovadoras e oportunidades de negócios apresentadas na feira (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

A 9ª Feira Internacional de Logística, a Brasil Log, abre suas portas na próxima semana, de 22 a 24 de maio, no Parque Comendador Antonio Carbonari (Parque da Uva), em Jundiaí. Com a expectativa de reunir mais de 80 expositores e gerar R$ 15 milhões em negócios, a feira se consolida como um importante espaço para o networking, geração de…

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Dia da Coxinha: Jundiaí celebra seu patrimônio imaterial com sabor e tradição

Jundiaí celebra o Dia da Coxinha, destacando a coxinha de queijo como um ícone local e patrimônio imaterial há mais de 40 anos.

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A imagem mostra uma mesa coberta com uma toalha de mesa xadrez azul e branca, sobre a qual estão dispostas várias coxinhas de queijo apresentadas em pratos decorativos. As coxinhas têm formato cônico e algumas estão acompanhadas de guarnições como folhas verdes e molhos. Ao fundo, há outras mesas com toalhas de cor clara e pessoas desfocadas, sugerindo um ambiente de restaurante ou evento gastronômico.
Coxinha de queijo de Jundiaí é um símbolo cultural que une tradição e sabor, atraindo visitantes de todo o Brasil. (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

Neste sábado, dia 18 de maio, celebramos o Dia da Coxinha, o salgado mais amado do Brasil. E em Jundiaí, essa data tem um significado ainda mais especial: a coxinha de queijo é considerada patrimônio imaterial da cidade, um símbolo da gastronomia local que atrai fãs de todo o país. Mais que um salgado, uma tradição Presentes nos cardápios de…

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Jundiaí mais verde: programa Pé de Árvore alcança 1.375 mudas plantadas

A iniciativa da Prefeitura de Jundiaí integra esforços de moradores e unidades de gestão para criar espaços mais verdes e saudáveis na cidade.

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Mulher regando uma árvore recém-plantada em frente a uma casa. Ela está usando uma blusa rosa e calças amarelas, enquanto segura um regador azul. Um homem, que parece observá-la, está ao fundo, vestindo uma camiseta preta com uma estampa colorida e bermuda preta. A área ao redor da base da árvore é coberta com pedras brancas.
Tatiana Queiroz e Lino Melhado cuidam da árvore plantada em frente à casa deles (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

Em prol da sustentabilidade e do bem-estar da população, Jundiaí avança com o programa Pé de Árvore. Desde sua criação em 2021, a iniciativa já presenteou a cidade com 1.375 novas mudas, distribuídas em diferentes bairros. Somente neste ano, 74 árvores nativas de diversas espécies foram plantadas, embelezando o cenário urbano e promovendo espaços mais saudáveis e convidativos. Um compromisso…

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Luchini Chevrolet realiza campanha em prol do Grendacc

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O Grupo Luchini está completando 80 anos e, em comemoração, a Concessionária Luchini Chevrolet está realizando uma campanha em prol do Grendacc - Hospital da Criança. A ação consiste em vender 200 cotas de consórcio até o dia 31/8 e ao alcançar o número, um veículo Chevrolet Onix RG 2024 será doado ao hospital.

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