Projeto restaura celulares apreendidos com criminosos e doa para estudantes da rede pública
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Projeto restaura celulares apreendidos com criminosos e doa para estudantes da rede pública

A iniciativa busca restaurar aparelhos considerados “lixos eletrônicos” para auxiliar estudantes em ensino remoto na pandemia.

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Estudante assistindo vídeo aula no celular
O projeto é do Ministério Público do Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/ Agência Brasil/ MCTIC)

Cerca de 1 mil aparelhos celulares apreendidos com criminosos durante operações da polícia no Rio Grande do Sul foram restaurados e doados à alunos da rede pública de ensino do estado. A iniciativa partiu da Ministério Público do Rio Grande do Sul, através do promotor de Justiça Fernando Andrade Alves.

O Projeto Alquimia II já entregou 994 aparelhos aos jovens que precisam do auxílio para participar das atividades remotas da escola durante a pandemia da Covid-19. “Quando nós iniciamos, nós imaginávamos que tínhamos condições de transformá-lo, de fazer com que fosse algo grandioso”, disse Alves.

Fernando Andrade conta também com a promotora de Justiça Cristiane Della Mea Corrales, da promotoria de educação, para a aplicação do projeto, que começou em julho de 2020. Eles contam que idealizaram o Projeto Alquimia II quando viram que a pandemia não seria “passageira”.

“Começamos a verificar algumas campanhas nas escolas pedindo telefones celulares, mas que não estavam tendo muito sucesso. É bem caro, e pra pessoa se desfazer é só mesmo quando ele não está mais funcionando”, comentaram os idealizadores.

Um novo uso

Os aparelhos doados para o projeto foram apreendidos em operações policiais e em presídios do estado. Fernando atua na área criminal e teve a ideia de dar um novo uso aos aparelhos. “Apreendemos celulares a todo momento, e nos veio a ideia de utilizar esses telefones para educação”.

Assim, foram aumentando as ideias de onde conseguir os aparelhos.

“Ampliamos muito o projeto, ele não se resume hoje a celulares apreendidos em penitenciárias, porque nós vimos que o aproveitamento não era tão grande quanto imaginávamos. Passamos a pegar smartphones de outros procedimentos criminais, de processo de apreensão em flagrante, tráfico de drogas”, conta o promotor.

Atualmente o projeto não tem custo algum, já que o governo do Rio Grande do Sul licitou o fornecimento de internet nos aparelhos e quatro universidades parceiras ajudam na restauração dos celulares.

Ampliação

Após a adesão dos alunos da região, o Ministério Público Estadual aprovou a ideia e transformou o projeto em uma iniciativa institucional.

“Hoje o projeto é desenvolvido em todas as regiões, e estamos recebendo inclusive telefones de doações.”

O governo estadual do Mato Grosso do Sul também gostou da ideia, e aplicou a iniciativa por lá. “Apresentamos esse projeto no Conselho Nacional de Justiça e no Conselho do Ministério Público. Temos o fluxo já estabelecido e pode ser replicado em qualquer lugar”, explicam os idealizadores.

“O projeto transforma lixo eletrônico em educação. Transforma bens utilizados em ambiente criminal, retira bens do crime e entrega pra educação. É um projeto de ganha ganha, ninguém sai perdendo.”

Aulas online

De acordo com os criadores do projeto, cerca de 1/4 dos alunos da rede pública não tinham acesso às atividades virtuais da escola. Com o Alquimia II, os estudantes recebem o aparelho, restaurado e sem custo. O único compromisso é que participem e façam todas as atividades escolares.

E os resultados do projeto são visíveis. “Temos um retorno excelente, nenhum dos alunos que recebeu reprovou ano passado”, conta o promotor.

Entrega de celular para aluno no RS (Foto: Divulgação/MP)

Mesmo com a retomada das aulas presenciais em todo o Brasil, Fernando defende que o projeto não pode parar.

“Nós verificamos que a educação virtual veio pra ficar. O ambiente virtual, na pandemia ele foi o ambiente principal mas agora ele passa a ser de apoio às atividades. Então o projeto segue”, diz.

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Foto: Reprodução/X Dilma Rousseff

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Foto: Canva

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