Connect with us

Jundiaí

Fumaça da Amazônia e Pantanal cobre a região de Jundiaí e altera coloração do céu

Além da fumaça, havia ainda uma camada de nuvens, o que contribuía para alterar a coloração do céu

Published

on

Sol encoberto por fumaça em Jundiaí. (Foto: Divulgação / Wadson Soares)
Sol encoberto por fumaça em Jundiaí. (Foto: Divulgação / Wadson Soares)

A fumaça das queimadas na região amazônica, no Pantanal e de incêndios que atingem também a Bolívia e o interior paulista, cobriu a cidade de São Paulo e grande parte do interior paulista, inclusive a região de Jundiaí, neste sábado (19) e avança para o Rio de Janeiro e parte de Minas Gerais.  

O corredor de fumaça formado se intensificou neste sábado com a aproximação de uma frente fria no Sul do país. A fumaça piorou a qualidade do ar na capital paulista que está muito ruim em alguns pontos.

Imagem de satélite da manhã deste sábado confirma a projeção do modelo de dispersão atmosférica de aerossóis do consórcio europeu Copernicus que projetava para este fim de semana o corredor de fumaça vindo da Amazônia e do Pantanal sobre o Mato Grosso do Sul e a Região Sudeste. Além da fumaça, havia ainda uma camada de nuvens, o que contribuía para alterar a coloração do céu. 

Imagem Nasa de SP

Imagem Nasa

Chuva preta

A cidade de São Paulo, municípios do interior paulista e localidades do Mato Grosso do Sul têm possibilidade de chuva preta durante este fim de semana e o começo da semana em razão da presença de muita fumaça na atmosfera sobre a região, alerta a MetSul Meteorologia.

A cidade de São Paulo teve registro de chuva preta em agosto do ano passado, quando escureceu durante a tarde com nuvens escuras de tempestade e redução de luminosidade acentuada pela fumaça densa que vinha de incêndios na Bolívia e na região amazônica à época. Testes químicos laboratoriais comprovaram que a chuva escura foi resultado da queima de biomassa.

O carbono negro que se precipita trouxe chuva preta nesta semana para cidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina durante a passagem da uma frente fria pelo Sul do Brasil. Recipientes como baldes e piscinas ficaram escuras em diversas localidades por conta da chuva preta.

O número de queimadas no Pantanal apenas nos primeiros 16 dias de setembro já bateu o recorde para o mês no bioma. A Bolívia nos últimos dias voltou a enfrentar grandes incêndios, o que é mais uma fonte de carbono negro na atmosfera que se soma às emissões do Pantanal e da Amazônia.

Carbono negro, o ambiente e o clima.

Estudos mostram que a presença de fuligem de queimadas na atmosfera pode interferir com a ocorrência de chuva, no degelo de glaciares e impactar o aquecimento do planeta. Uma equipe liderada por Newton de Magalhães Neto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), modelou o possível efeito que a queima de biomassa na Bacia Amazônica poderia ter na geleira boliviana Zongo, usando dados coletados entre 2000 e 2016 sobre episódios de incêndio, movimentos de plumas de fumaça, precipitação e derretimento de geleiras.

Os pesquisadores descobriram que os aerossóis provenientes da queima de biomassa, como o carbono negro, podem ser transportados pelo vento para as geleiras andinas tropicais. Lá, se depositam na neve e têm potencial de aumentar o derretimento das geleiras, porque a neve é escurecida pelo carbono negro ou partículas de poeira e, assim, reflete menos luz (menor albedo).

Um dos principais constituintes da fuligem, o carbono negro é o componente do material particulado que absorve energia solar. A quantidade de energia armazenada na atmosfera é medida em watts por metro quadrado da superfície da Terra e estudo de 2013 estimou o efeito do carbono negro em 1,1 watts por metro quadrado por ano, perdendo apenas para o dióxido de carbono que é responsável por 1,56 watts por metro quadrado.

Em outras palavras, o carbono negro é o segundo maior contribuinte para as mudanças climáticas depois do CO2, apontou o estudo. Ao contrário do CO2, que pode permanecer na atmosfera por centenas a milhares de anos, o carbono negro por ser uma partícula permanece na atmosfera apenas por dias ou semanas antes de retornar à terra com chuva ou neve.

O carbono negro, como todas as partículas na atmosfera, também afeta a refletividade, estabilidade e duração das nuvens e altera a precipitação. Dependendo da quantidade de fuligem que está no ar e em qual camada da atmosfera o carbono negro se encontra, ele tem efeitos diferentes. Se absorver calor no nível em que as nuvens estão se formando, elas tendem a evaporar. Quando fica acima das nuvens estratocúmulos inferiores que bloqueiam o sol, o carbono as estabiliza e, portanto, tem um efeito de resfriamento.

Como o carbono negro interage com outros componentes do material particulado, como sulfatos e nitratos que refletem a luz do sol e resfriam a atmosfera, os cientistas não sabem exatamente quanto o próprio carbono negro consegue influenciar o tempo, mas estudos brasileiros mostram que a fumaça interfere no processo de formação da chuva na Amazônia com efeito de redução.

Dentre os estudos sobre a fuligem das queimadas, um mostrou que a queima incompleta da madeira das árvores resulta na produção de carbono negro que chega às águas do Rio Amazonas nas formas de carvão e fuligem e acaba transportado para o Oceano Atlântico como carbono orgânico dissolvido.

Um grupo internacional de pesquisadores quantificou e caracterizou pela primeira vez o carbono negro que flui pelo Rio Amazonas em trabalho publicado na revista Nature Communications e que mostrou que a maior parte desse material transferido para o oceano é “jovem”, sugerindo que foi produzido por queimadas recentes na floresta.

Com informações da MetSul Meteorologia.

Jundiaí

Cozinheiros de Jundiaí ganham projeto de saúde com treinos e foco no bem-estar

Projeto “Vida e Saúde”, voltado a cozinheiros da rede municipal de Jundiaí, promove qualidade de vida por meio de atividades físicas.

Published

on

Com o objetivo de promover saúde, bem-estar e prevenção de doenças, a Unidade de Gestão de Educação (UGE) de Jundiaí mantém o projeto “Vida e Saúde”, direcionado aos cozinheiros da rede municipal de ensino. A iniciativa, realizada no Complexo Esportivo Dr. Nicolino de Luca (Bolão), ganhou novo impulso ao integrar o programa “Arte Movimento e Eu” (AME), focado na descentralização…

Continue Reading

Jundiaí

Quer se apresentar em Jundiaí? Cultura abre credenciamento para salas públicas

Inscrições vão de 15 a 29 de maio e permitem agendamento de espetáculos em três salas culturais de Jundiaí para o segundo semestre.

Published

on

A partir das 9h da próxima quinta-feira (15), artistas, produtores e grupos culturais interessados em utilizar os espaços públicos de Jundiaí poderão se inscrever para o credenciamento de uso das salas de espetáculos municipais. A iniciativa da Unidade de Gestão de Cultura (UGC) contempla a Sala Deolinda Copelli, do Teatro Polytheama, e as salas Josette Feres e Glória Rocha, localizadas…

Continue Reading
Pular para o conteúdo