Em meio aos incêndios no Pantanal, arara-azul pode voltar à lista dos ameaçados de extinção
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Meio Ambiente

Em meio aos incêndios no Pantanal, arara-azul pode voltar à lista dos ameaçados de extinção

Bióloga de MS sobrevoou a área com outros especialistas e encontrou um cenário desolador. Ela alerta sobre a fome, perda de habitat e ação de traficantes de animais

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Arara-azul encontrada morta no Pantanal de MS. (Foto: Instituto Arara Azul / Divulgação)
Arara-azul encontrada morta no Pantanal de MS. (Foto: Instituto Arara Azul / Divulgação)

A bióloga Neiva Guedes, maior especialista do país em araras-azuis, fez sobrevoos e visitas a campo no Pantanal em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul em setembro, para verificar os impactos das queimadas sobre a espécie. E encontrou um cenário desolador: extensas áreas queimadas, perda de habitat, animais com fome e indícios do aumento da captura das aves para venda por traficantes de animais. Para Neiva Guedes, as araras-azuis podem voltar para a lista de animais ameaçados de extinção.

“Houve um misto de emoções ao sobrevoar o Pantanal por cinco dias. De início, a sensação é de desespero, de que tudo está perdido. É desolador. Mas, andando no campo, tivemos algumas surpresas. Sensações boas e outras ruins. Talvez nem tudo esteja perdido, porém, elas (araras-azuis) poderão voltar para a lista dos animais brasileiros ameaçados de extinção”, afirmou ao G1.

Segundo Neiva, que é presidente do Instituto Arara Azul, o período de pós-fogo trouxe muita fome significou perda de habitat para a espécie. No Pantanal de Mato Grosso, ela cita a região do Barão de Melgaço, onde se concentra a maior população de araras-azuis livres na natureza. Já em Mato Grosso do Sul, ela fala do município de Miranda, região oeste do estado, onde está o Refúgio Ecológico Caiman, considerado o maior centro de reprodução da espécie.

Como as araras são “especialistas” e comem somente frutos das palmeiras acuri e bocaiuva, o que restou como alternativa foram os frutos queimados. Ainda conforme Neiva, isso causou lesões, semelhante a queimaduras, na cloaca (órgão por onde aves e alguns outros animais excretam seus resíduos orgânicos: fezes e urina). Outro problema foi a perda de ninhos, por conta das árvores incendiadas.

Na questão criminal, o que preocupa os especialistas da espécie é a continuidade do tráfico deste animais. No dia 26 de setembro, por exemplo, a polícia interceptou dois paraguaios tentando atravessar a fronteira com uma arara-azul em uma sacola plástica. A intenção era vender no mercado ilegal de aves.

“A PMA (Polícia Militar Ambiental) foi acionada em seguida e foi até Bela Vista. Nós percebemos que se tratava de um animal adulto, e eles (criminosos) apontaram o local exato em que pegaram a arara, e nós a devolvemos em seu habitat”, explicou o tenente-coronel da PMA, Ednilson Queiroz.

Combate ao fogo

Para conter os incêndios, bombeiros fazem o combate por terra, e helicópteros jogam milhares de litros de água diariamente. Segundo a corporação, ainda não há previsão de controle das chamas, principalmente por conta da sequidão e estiagem prolongadas, o que provocou incêndios florestais até em áreas que não afetadas há mais de uma década.

Nessa segunda-feira (5), a informação é que mais 60 bombeiros do Distrito Federal vão reforçar o combate ao fogo em Corumbá, a 444 km de Campo Grande. Dias antes, conforme decreto do Ministério da Justiça e Segurança Pública, homens da Força Nacional também foram encaminhados para o combate no Pantanal sul-mato-grossense.

Com informações do G1.

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