Primeiro spray nasal contra depressão é aprovado pela Anvisa
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Primeiro spray nasal contra depressão é aprovado pela Anvisa

Essa é a maior novidade relacionada à doença desde os anos 50, com a criação dos antidepressivos.

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Mulher segurando dose de Spravato, spray nasal contra depressão.
Foto: Divulgação/J&J

Nesta terça-feira (3), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro spray nasal contra a depressão. O conteúdo inalável é indicado para o tratamento de adultos diagnosticados com depressão resistente. Ou seja, pacientes que tenham comportamento ou ideação suicida ou que não responderam a duas terapias anteriores.

O cloridrato de escetamina, chamado Spravato, é considerado o maior avanço da medicina contra a doença em 50 anos, após a criação dos medicamentos antidepressivos.

“Esse é o primeiro tratamento com um mecanismo de ação realmente inovador aprovado em décadas e oferece uma nova opção para responder às necessidades não atendidas dos pacientes e da comunidade médica”, explica o psiquiatra Pedro do Prado Lima, do Instituto do Cérebro da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

O Spravato é produzido pela Jansen, farmacêutica da marca Johnson & Johnson. De acordo com os estudos, o spray tem age no cérebro mais rápido que outro medicamento existente no mercado. Este é um fator de extrema importância no tratamento de pacientes com tendências suicidas.

Enquanto os antidepressivos comuns começam a demonstrar efeito em cerca de um mês do tratamento, o Spravato mostra os primeiros resultados em poucas horas.

Além disso, o medicamento funciona de maneira diferente dos outros. Os antidepressivos agem nas monoaminas (serotonina, dopamina e noradrenalima). Já a escetamina intranasal trabalha nos receptores de glutamato N-metil-D-aspartato (NMDA). Dessa forma, ajuda na restauração das conexões sinápticas em células cerebrais das pessoas com depressão. Os especialistas recomendam que o spray inalável seja utilizado junto com um antidepressivo oral.

Estudos clínicos

De acordo com a terceira fase dos estudos clínicos, a primeira dose da escetamina junto da terapia padrão reduziu os sintomas depressivos em 24 horas. Um mês após o início do tratamento, 70% dos pacientes demonstraram melhora em sintomas graves.

Mas, o medicamento não foi capaz de prevenir ou reduzir a ideação de suicídio, ou seus comportamentos. Portanto, o uso da escetamina não dispensa a eventual hospitalização de pacientes com indicação clínica.

Durante os testes, foram observados os principais efeitos colaterais do uso do produto, como tontura, náusea, dissociação, visão embaçada, sedação, ansiedade, falta de energia, pressão arterial elevada, vômito, redução dos sentidos de toque e sensação, parestesia, sensação de embriaguez e sensação de girar.

“Estamos muito orgulhosos em disponibilizar a escetamina intranasal para pacientes brasileiros com tipos de depressão bastante incapacitantes, para os quais as opções de tratamento eram escassas”, diz o psiquiatra Fabio Lawson, diretor médico da Janssen Brasil.

A escetamina intranasal será administrada em hospitais e clínicas autorizadas, sempre sob supervisão de um profissional da saúde. Dessa forma, o uso correto do produto poderá ser garantido. O preço do Spravato ainda não foi definido no Brasil.

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