Com experiência olímpica, Tarallo celebra nova fase na carreira vitoriosa
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Com experiência olímpica, Tarallo celebra nova fase na carreira vitoriosa

Dono de uma carreira invejável, Luís Cláudio Tarallo tem desafio grande pela frente, agora como gestor

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Tarallo
Carreira formada no basquete é recheada de títulos e disputas internacionais: servidor em Jundiaí há mais de 30 anos (Foto: PMJ)

Os títulos e conquistas fazem parte da vida deste professor de Educação Física, que já encheu a cidade de orgulho quando comandou a seleção brasileira de basquete feminino nas Olimpíadas de Londres, em 2012. Dono de uma carreira invejável, Luís Cláudio Tarallo, 55 anos, tem um desafio grande pela frente: comandar o esporte de Jundiaí como gestor municipal, após convite feito pelo prefeito Luiz Fernando Machado (PSDB) para o segundo mandato – iniciado em janeiro deste ano.

Pedagogo e pós-graduado em Exercício Físico e Saúde, Tarallo é o primeiro educador esportivo da Prefeitura (onde trabalha há 33 anos) a assumir o cargo. Eleito por 11 vezes como melhor técnico do ano pela Federação Paulista de Basquete, ele tem como missão principal garantir que a população usufrua de toda a estrutura necessária para poder praticar atividades físicas – principalmente no pós-pandemia. Para isso, algumas ações já têm sido destaques.

Confira:

Tribuna de Jundiaí – Entre todas as conquistas e atuações, inclusive na área de gestão e como treinador de seleção brasileira, acredito que este momento profissional seja um dos mais marcantes para você, não?

Luís Cláudio Tarallo – Sem dúvida! É motivo de muito orgulho e de uma alegria imensurável receber o convite para ser gestor de Esportes de um governo de sucesso, como é o do prefeito Luiz Fernando Machado. É uma oportunidade para que eu possa contribuir e devolver tudo que o esporte me trouxe, que foram coisas muito boas. Quero ajudar a fazer o esporte de Jundiaí avançar, junto com o governo, o que é muito gratificante.

O convite foi feito pelo prefeito no dia da entrega (do comodato) do Museu Solar do Barão, durante as comemorações do aniversário da cidade (essa programação, em dezembro de 2020, foi realizada de maneira virtual pela Prefeitura, sem público, por conta da pandemia). Ele me perguntou e aceitei de imediato.

Sou o primeiro educador de carreira do esporte a assumir o cargo e, por toda essa vivência tanto dentro quanto fora da cidade, inclusive em funções de gestão, isso soma para que a gente consiga seguir com a missão que me foi dada. Dentro das experiências que tive e também com o aprendizado diário, tenho convicção de que vamos conseguir avançar, como já estamos fazendo com os programas e ações em execução.

“Sou o primeiro educador de carreira do esporte a assumir o cargo e, por toda essa vivência tanto dentro quanto fora da cidade, inclusive em funções de gestão, isso soma para que a gente consiga seguir com a missão que me foi dada. Dentro das experiências que tive e também com o aprendizado diário, tenho convicção de que vamos conseguir avançar, como já estamos fazendo com os programas e ações em execução”

Tribuna – Estes primeiros seis meses de trabalho à frente da pasta, em que pese o fato da pandemia ter impedido a realização de vários eventos e competições, foram muito intensos. O modo on-line foi usado para que as atividades pudessem ser desenvolvidas, correto?

Tarallo – Em momento algum ficamos parados, a pandemia nos forçou a reinventar. Oferecemos as atividades físicas e esportivas de modo virtual, com o professor dando as aulas e os treinos para as crianças, jovens, adultos, idosos e deficientes pela internet.

Fizemos isso através de vídeos, de forma a orientar a todos e também, paralelamente, desenvolvemos eventos como o Dia do Desafio, evento junino, o Dia Mundial do Lazer… Não deixamos de promover o esporte e o resultado foi surpreendente: tivemos mais de 53 mil atendimentos no primeiro semestre, 8 mil sessões virtuais e 151 mil visualizações na rede social.

As flexibilizações estão sendo feitas de maneira gradativa e estamos acompanhando isso, torcendo para que cada dia mais a Covid seja vencida. Como sempre o esporte de Jundiaí se entregou para a cidade, que possamos executar assim que possível novas ações, pensarmos em projetos vinculados à saúde, principalmente nesta parte do pós-Covid. Estamos na elaboração de vários programas para que a gente consiga realmente atender a todos.

Tribuna – Você tem alguns desafios à frente do esporte em Jundiaí. Existe no inconsciente da população, ainda, a vontade de que tenhamos de volta uma equipe de ponta, como já foi no passado com o vôlei feminino e o basquete feminino e masculino. Isso passa pela sua cabeça?

Tarallo – O nosso grande objetivo é oferecer e promover a atividade física e o esporte, para que atinja o maior número possível de pessoas. E que elas estejam conscientes da importância da atividade física para a saúde, bem-estar e desenvolvimento de todos. A importância social e educacional que o esporte tem e que são nossos objetivos como política pública para Jundiaí.

Queremos promover essas ações para que se torne hábito das pessoas praticarem atividades físicas, oferecendo cada vez mais informações, orientações e espaços para que isso aconteça.

É óbvio que uma equipe de competição é a cereja do bolo e gostaria muito que isso pudesse acontecer na nossa cidade. Neste momento estamos com outras ações, mas acredito que cumprindo todos os objetivos que já foram elencados, ter uma equipe adulta aqui seja motivo para o entretenimento e também de espelho para os pequenos atletas. Isso necessita, obviamente, de uma parceria com a iniciativa privada para que possa acontecer e torço muito para isso.

“É óbvio que uma equipe de competição é a cereja do bolo e gostaria muito que isso pudesse acontecer na nossa cidade. Neste momento estamos com outras ações, mas acredito que cumprindo todos os objetivos que já foram elencados, ter uma equipe adulta aqui seja motivo para o entretenimento e também de espelho para os pequenos atletas. Isso necessita, obviamente, de uma parceria com a iniciativa privada para que possa acontecer e torço muito para isso”

Tribuna – Você já esteve nas Olimpíadas de Londres, em 2012, como técnico da seleção brasileira de basquete feminino. Como foi essa experiência?

Tarallo – Todas as vezes que vejo uma notícia, uma partida, uma corrida, uma prova olímpica é sempre com muita alegria. O fato de já ter vivenciado a emoção e tudo o que envolve uma competição como essa, de alto nível, sempre nos emociona.

Fico feliz e até saudoso por tantas coisas boas que foram vivenciadas nesse período. Faço questão de acompanhar e torcer por todas as modalidades, mas confesso que fiquei um pouco triste por não termos o basquete na disputa em Tóquio.

O esporte proporcionou muita coisa para mim e para minha família, sou muito grato por isso e o que puder fazer para que ele possa evoluir, vou me dedicar 24 horas por dia com este objetivo.

Trabalho em conjunto com a Cultura para transformar centros esportivos em polos de arte (Foto: Arquivo Pessoal)

Tribuna – Uma das modalidades que fez sucesso em Tóquio foi o skate, principalmente no Brasil após as conquistas das medalhas de prata. Há alguma novidade para Jundiaí em relação a este esporte?

Tarallo – Não só pelo fato da Rayssa (Leal, a “Fadinha”) e do Kelvin (Hoefler) terem conseguido as medalhas de prata em Tóquio, mas essa é uma demanda em alta na cidade. Já senti no início da gestão uma procura muito grande pelo skate, então estão sendo feitas estações para a criação de pistas destinadas à prática na cidade e também teremos a entrega de um espaço profissional, homologado pela Federação Paulista de Skate, no Mundo das Crianças. As obras estão sendo concluídas, o que mostra a importância do esporte e a preocupação do governo Luiz Fernando Machado em atender essa demanda.

Tribuna – Numa reunião na Câmara Municipal, você citou a vontade de que as academias ao ar livre tenham orientação para as pessoas, para que elas possam utilizar esses equipamentos de maneira correta. Como isso seria feito?

Tarallo – Pela alta demanda que temos no esporte da cidade e por serem muitas academias espalhadas pela cidade, nos mais diferentes lugares, é humanamente impossível ter educadores em todas elas. Estudando de que forma essa orientação pode chegar ao cidadão que utiliza esses equipamentos, para que ele faça de uma maneira correta e seja direcionado, também, caso tenha o desejo de um treinamento especializado, com acompanhamento.

Um dos objetivos desta empreitada é utilizar todas as ferramentas possíveis para incentivar a atividade física, de maneira segura para que as pessoas possam desfrutar dos benefícios desta prática. Para um educador físico, o grande sonho é que todo mundo faça atividade física e goste do que faz.

Experiência no basquete lhe rendeu 11 títulos como melhor treinador da Federação Paulista (Foto: Divulgação)

Tribuna – Quais são os projetos que a Unidade de Gestão de Esporte e Lazer tem para Jundiaí daqui para a frente?

Tarallo – Já tivemos a reabertura de alguns complexos esportivos para a prática de atividades individuais, já que alguns continuam servindo como postos de vacinação contra a Covid e outros estão em obras. Com isso, vamos poder chamar novamente as pessoas da terceira idade, as crianças, os atletas para, neste primeiro momento, seguindo todos os protocolos. Em relação às modalidades coletivas, ainda há necessidade de esperar uma nova determinação do decreto.

Estamos felizes por poder receber esses frequentadores de maneira presencial, mas também vamos manter o sistema híbrido. Ou seja: os pais que não estiverem seguros, ainda, para mandar os filhos aos complexos esportivos ou aquelas senhoras que não desejarem voltar às atividades, nós vamos continuar com as aulas virtuais.

São 20 complexos no total e sabemos que há muitas ações a serem realizadas, mas estamos com a equipe voltada para atender não somente os problemas estruturais, mas para deixá-los revitalizados e em condições de receber as pessoas. Todos estão fazendo tudo com muito carinho, se empenhando para entregarmos cada vez melhor esses centros esportivos às comunidades. Peço, inclusive, um pouco de paciência aos munícipes porque ainda não conseguimos chegar na manutenção desejada, mas estamos correndo contra o relógio para deixar tudo em ordem.

Temos, também, um estudo para parceria entre a Cultura e o Esporte, que foi uma demanda das pessoas, no sentido de oferecer arte dentro dos complexos esportivos.

Tribuna – As pessoas perguntam muito, também, em relação à ajuda ao Paulista Futebol Clube. O que é possível fazer, dentro da lei, para ajudar o Galo?

Taralllo – A Prefeitura não pode investir dinheiro público na iniciativa privada, mas promover o esporte é possível neste cenário. Temos como manter uma parceria com o Paulista para fomentar a base, até para a revelação de novos atletas.

Não dá para saber, ainda, como vai ser essa volta: quantas pessoas voltarão, quantos atletas, as crianças… há toda uma expectativa para essa retomada, mas é evidente que as modalidades terão de se reestruturar e isso não acontece de um dia para o outro.

Tribuna – Raio X: quem é Luís Cláudio Tarallo?

Tarallo – É um educador, pai de família, apaixonado pelo esporte e pela Educação Física, que se debruça com muito amor e dedicação no exercício das funções. Tem dois filhos, a Letícia de 25 anos e o Leonardo, com 23. Nasceu em Vinhedo, é natural de Louveira mas viveu praticamente a vida toda em Jundiaí. No ano passado, inclusive, recebeu com muito orgulho o título de cidadão jundiaiense.

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