Mc Lynne conquista o Brasil com seu ‘funk consciente’
Connect with us

Entrevistão

Mc Lynne conquista o Brasil com seu ‘funk consciente’

Do gospel ao funk a cantora ganha espaço com suas letras autorais

Published

on

Mc Lynne conquista o Brasil com seu ‘funk consciente’ (Foto: Divulgação)

Especialmente hoje no Dia Internacional da Mulher o ‘Entrevistão’ é por conta da cantora de funk Mc Lynne. Aline Freire de Campos Souza, 22, começou a sua vida na música ainda pequena na igreja.

Moradora da cidade de Campo Limpo Paulista, Mc Lynne contratada pela produtora Kondzilla Records, está ingressando na carreira do funk e bateu um papo com o Tribuna.

Confira a entrevista completa:
Tribuna: Quando começou o seu interesse pela música? Você tem alguma influência dentro de casa?

Mc Lynne: Bom, desde muito nova comecei cantando na igreja, acredito que quando eu tinha uns sete anos eu já estava cantando. A minha mãe sempre cantou também e meu pai sempre foi afinado, então eles sempre tiveram o ouvido apurado.

Tribuna: A sua carreira no funk é bem recente, como é a sua rotina de shows?

Mc Lynne: Olha depende bastante do mês, em alguns o movimento é maior e outros o movimento é bem menor. Varia bastante, mas mesmo os meses que tem mais movimento a nossa equipe consegue dar conta. Estou com 11 meses de carreira e somente agora comecei a fazer mais shows aqui pela região, no interior.

Tribuna: Você disse que começou cantando o estilo Gospel, como foi tomar essa decisão de mudar mesmo de estilo, você teve apoio?

Mc Lynne: Foi um choque muito grande na verdade, tanto para o público que me acompanhava, quanto para mim mesmo. Eu costumo falar que não foi eu que escolhi o funk e, sim que o funk que me escolheu.

Eu não escutava funk, sempre escutei e cantei gospel. Só que em um determinado dia apareceu uma proposta, através do meu empresário hoje, o Silas, mais conhecido como “Fumaça”, ele me perguntou o que eu achava de ingressar na carreira de Mc e eu aceitei.

Comecei a estudar um pouco mais do mercado de trabalho do funk, me aprofundar mais no estilo. Eu até ficava pensando, nossa será que eu vou gostar? E hoje em dia escuto todos os dias, não passo um dia sem ouvir.

Tribuna: Além do Gospel, que sempre foi sua referência você tem outro estilo musical favorito?

Mc Lynne: Mesmo no gospel eu sempre ouvi muito a Jessie Jay, sempre mesmo. Ela é uma cantora base para mim, tanto na questão de técnica vocal, quanto em questão de estilo, é a referência de fora que eu tenho.

Mas, sou bem eclética, ouço um pouco de tudo mesmo. Hoje eu ouço R&B, muito pop, sertanejo, pagode. O que tiver para ouvir eu to escutando, eclética até demais eu diria, os meus vizinhos devem me achar maluca.

Tribuna: Você tem algum preparo vocal e corporal?
Mc Lynne: Sim, eu faço aula de canto no Instituto GP, com o professor Alan. Além disso, tenho um preparo corporal.

No corporal inclui academia, alimentação, aulas de dança, porque para fazer show é uma barra. São 40 minutos em pé, então é necessário um preparo. Antes eu não dançava, mas o funk exige.

Mc Lynne com 11 meses de carreira faz show na região (Foto: Divulgação)

Tribuna: Tem alguma de suas faixas que é sua favorita?

Mc Lynne: Olha o trabalho que me deu mais visibilidade foi de funk consciente. Hoje nós vemos que não tem nenhuma mulher fazendo isso. Me considero a primeira em ascensão fazendo na voz de mulher.

Eu participei da Gang do consciente e fui a única mulher cantando funk consciente, o projeto já está com mais de 5 milhões de acessos.

Tem outro projeto legal no Spotify que se chama “Escuta as Mina”. São várias cantoras, de diversos estilos. Esse projeto teve muitas inscrições, mas eles selecionaram somente 24 artistas e eu estava entre as escolhidas.

O que mais me chamou a atenção, é que desde a pessoa que servia cafezinho até quem produzia as músicas eram só mulheres, um projeto voltado para as mulheres.

Tribuna: Você é contratada pela Produtora Kondzilla Records, uma das mais importantes no meio do funk. Qual é o seu sentimento em relação a isso?

Mc Lynne: Eu entrei na Kondzilla em março de 2019, ainda nem completou um ano. Foi nesse momento que iniciei a minha carreira. Quando a proposta de cantar funk surgiu ela já veio associada com o nome Kondzilla.

Nós começamos a desenvolver projetos, minha primeira música foi “Fora do Padrão” e aconteceu algo engraçado porque o refrão era “Entra nessa dança e sinta essa emoção”, só que o meu empresário falou: – Lynne, então… Eu sei que você veio do Gospel, mas precisamos mudar essa letra. Então ficou “Entra nessa dança e empina o rabetão”.

Eles são o primeiro canal maior do mundo. Quando eu fui convidada eu estava quase desistindo mesmo da música, tinha deixado somente como hobby. No meu primeiro show, tinha umas 10 mil pessoas e eu fiquei muito surpresa, porque eu não tive vergonha. Foi algo muito natural, acho que mostra que nasci para isso.

Eu fico muito feliz pela conquista, até porque as composições são todas minhas. Hoje eu tenho em média 70 letras, desde funks mais dançantes até os mais conscientes.

Fãs abraçam a Mc em show (Foto: Divulgação)

Tribuna: O meio do Funk ainda precisa abrir muito espaço para mulheres. Você já passou por alguma situação chata por ser mulher?

Mc Lynne: Sim com certeza, é um machismo muito estrutural sempre esteve ali. Sempre que eu escuto ou leio algo machista ou que me diminuam eu rebato.

Somente pelo fato de ser mulher, as portas se abrem menos. Algumas pessoas já disseram “Se você fosse homem, cantando do jeito que você canta, você estaria muito mais longe”.

O funk consciente, geralmente é cantado por homens. Os meus próximos funks serão com letras mais conscientes para que isso comece a mudar.

Você gostou no bate papo com a Mc Lynne? Acompanhar a Mc Lynne nas redes sociais Facebook e Instagram.

Entrevistão

Prefeito reeleito de Itupeva, Rogério Cavalin, fala sobre planos e desafios para o novo mandato

Em entrevista exclusiva ao Tribuna de Jundiaí, Cavalin destacou as prioridades para os próximos quatro anos na Prefeitura de Itupeva.

Published

on

Rogério Cavalin, prefeito de Itupeva, sorrindo e aplaudindo durante evento de campanha em Itupeva, com banner ao fundo destacando sua imagem.
Foto: Divulgação

Reeleito, Rogério Cavalin inicia seu segundo mandato à frente da Prefeitura de Itupeva com o compromisso de dar continuidade aos projetos iniciados e enfrentar os desafios que a cidade apresenta. Em entrevista exclusiva ao Tribuna de Jundiaí, Cavalin destacou as prioridades para os próximos quatro anos na Prefeitura de Itupeva. Além disso, falou sobre as dificuldades enfrentadas e aprendizados durante…

Continue Reading

Entrevistão

Fã jundiaiense vai aos 11 shows do Coldplay e ganha violão do Chris Martin

Felipe, que ficou conhecido como ‘o menino dos 11 shows’ coleciona itens raros de seus artistas favoritos. Como ele consegue??

Published

on

Fã de Jundiaí ganha violão do Chris Martin
Felipe Schadt conta sobre os perrengues e o desafio dos 11 shows até atingir seu objetivo (Foto: Arquivo Pessoal)

Felipe Schadt é de Jundiaí mas recentemente ficou conhecido no Twitter como “o menino dos 11 shows”. Explico: Felipe chamou a atenção de todo fã de música do Brasil – e alguns haters – por realizar a proeza de ir aos 11 shows da banda Coldplay aqui em terras tupiniquins. É isso aí, você não leu errado, o jornalista, professor…

Continue Reading

Entrevistão

Gestão e economia fortes colocam Jundiaí no cenário internacional

Com o PPA que será executado de 2022 a 2025, a cidade dará um novo salto – inclusive em metas definidas pela ONU

Published

on

Parimoschi
Parimoschi ressalta a pujança do município e os desafios que o governo terá de enfrentar nos próximos anos (Fotos: PMJ)

Que no cenário brasileiro Jundiaí tem destaque, isso não é novidade para ninguém. Com números comparados a grandes capitais, o município tem como destaque principal nos últimos anos uma palavra que foi repetida exaustivamente pelo gestor de Governo e Finanças, José Antonio Parimoschi, durante o Entrevistão do Tribuna de Jundiaí desta semana: planejamento. Dono de uma carreira construída no serviço…

Continue Reading
Advertisement
Skip to content