A guerra não é estupida para quem promove. É apenas uma feira para bons negócios
Connect with us

Opinião

A guerra não é estupida para quem promove. É apenas uma feira para bons negócios

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário.

Published

on

Atualizado há

Foto:

É sabido que a indústria de armas são os grandes beneficiados com as guerras e estão instaladas em alguns países com forte tradição nesse mercado, exatamente por ofertar bens de qualidade, possuir know-how para desenvolvimento de novos produtos armistícios, ter uma elevada capacidade de inovação, somando a isso cadeias de fornecimentos integradas e comprometidas e orçamentos públicos direcionados para esses fins. Essas nações se destacam no comércio de equipamentos bélicos, atendendo as demandas das forças terrestres, aquáticas, aéreas e cibernéticas. Nesse pequeno grupo de países brilham Rússia, Estados Unidos e França, pois são os lideres na produção, consumo e exportação de bens guerras no planeta.

Os EUA lideram a lista de fabricantes e vendedores globais de armamentos e equipamentos militares, de acordo com o Stockholm International Peace Research Institute, o SIPRI, nessa competição a Rússia ocupa a segunda colocação e a França é a terceira nesse absurdo ranking. Essas três nações dominam aproximadamente 70% desse mercado e com certeza não querem a paz. Mas outros players já estão entrando na disputa por esses fregueses rentáveis, já se destacando Alemanha e China que juntas estão abocanhando uma fatia de 9,5% dos clientes do globo, atendendo principalmente os vizinhos.

Geralmente os grandes compradores dessa indústria da morte são nações governadas por ditadores que se sustentam no poder pondo suas vontades pelo medo, mesmo porque as armas adquiridas não são estratégicas, algo comum somente aos grandes impérios que desenvolvem e mantém em segredo.

Os países do Oriente Médio, Ásia e África compram boa parte dos produtos bélicos ofertados nos catálogos dos fabricantes os quais disponibilizam na maioria das vezes a obsolescência. O relatório do SIPRI apontou que 41% das exportações estadunidense foram para o Oriente Médio e apenas 23% para a Europa, mesmo com o conflito na Ucrânia que se tornou também um campo de testes para fabricantes de armas. Os arsenais dos países do Golfo não são exclusividade dos produtos do EUA, consomem também equipamentos militares da Rússia e França, principalmente aviões de combate, acredito que evita a dependência tecnológica monopolizada.

A praça de consumo da Ucrânia que está sufocando a indústria dos EUA de alguns produtos com baixa sofisticação, pois outros mais avançados não são ofertados devido aos riscos de reação do império russo, que por sua vez está consumindo todos os equipamentos velhos e expondo os novos para os clientes em potencial que estão analisando a eficiência nos combates. Além disso, esse ambiente está permitindo a renovação dos parques bélicos de alguns países da Europa que estavam sucateados, como Itália e Suécia e promovendo os produtos de baixo custo da Turquia e Irã, os quais foram apresentados nos ensaios durante a rusga da Arménia com o Azerbaijão.

A poderosa indústria está organizando outra feira capaz de exibir, expor, mostrar e consumir produtos mais sofisticados e com curvas de crescimento alongadas, dada às encrencas que o mundo rico vem atiçando há tempos nas regiões do Golfo Pérsico, Ásia e norte da África, ricas em petróleo. A Guerra Irã e Iraque no final do século passado promovida pela Guerra Fria e os conflitos de alinhamento institucional a partir da Guerra do Golfo não consumiu os armamentos disponíveis e de elevado custo como navios, submarinos, aviões, satélites e afins.  Esse conflito entre Israel sionista e os Palestinos do Hamas é o pavio para acender a fúria de outras nações poderosas da região.

A parceria EUA e Israel ambos têm arsenais estratégicos com poder de destruição em massa, devem estimular a oferta de armas sofisticadas para atender a demanda dos clientes como Irá, Turquia, alguns países árabes desalinhados ao ocidente. Rússia, China, França, Paquistão e Índia tem capacidade de ofertar produtos sofisticados para equilibrar o jogo e promover mais um espetáculo de horror sem precedentes, apesar de desumano não é fim da raça. Entretanto o risco para a humanidade está na necessidade de alguma Nação Imperialista utilizar seus arsenais estratégicos e como será a reação de quem for atingida. A única certeza é que a profecia bíblica do Juízo Final estará confirmada, a terra se acabará em fogo.

“Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem”. Jean-Paul Sartre

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí. Everton Araújo é brasileiro, economista e professor.

Opinião

É prioritário substituir os ônus da produção pelos bônus do progresso

Artigo escrito por Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

Published

on

Foto: Divulgação/ CIESP

O estudo “Custo Brasil na Indústria de Transformação 2008/2022”, realizado pelo Departamento de Competitividade e Tecnologia (Decomtec) da Fiesp, divulgado em agosto último, diagnostica com precisão os ônus que colocam as empresas nacionais em desvantagem na concorrência com as de outros países, tanto no comércio exterior quanto no nosso próprio mercado interno. São problemas muito prejudiciais para toda a economia.…

Continue Reading

Opinião

Um novo tempo para eleições: a revolução da IA no cenário político

Artigo por Elton Monteiro, empreendedor, mentor, investidor e especialista em IA

Published

on

Elton Monteiro, especialista em IA
Foto: Arquivo Pessoal

Estamos entrando em uma nova era para as eleições, impulsionada pela ascensão da Inteligência Artificial (IA). As eleições atuais e as que estão por vir já demonstram sinais dessa transformação. A IA está mudando a forma como campanhas políticas são conduzidas, oferecendo novas ferramentas para análise de tendências e dados, mas também apresentando desafios éticos e práticos que nunca enfrentamos…

Continue Reading

Opinião

Por onde começar meus projetos de IA?

Artigo por Vlamir Ienne CEO do Grupo iv2

Published

on

Ilustração de um profissional com headset e óculos de realidade aumentada, interagindo com IA em um ambiente de trabalho moderno.
Imagem gerada por IA / Dall-e

Uma das perguntas que mais escuto nas minhas conversas sobre IA, são as dúvidas dos gestores de empresas, querendo saber por onde começar os projetos de IA nas empresas. E realmente acho que deve ser a dúvida de muitos. Pois a IA generativa chegou forte em nossas vidas, mas ficou bastante conectada com tarefas ligadas aos CPFs e não aos…

Continue Reading

Opinião

A Era da Decisão Automatizada

Artigo por Elton Monteiro, empreendedor, mentor, investidor e especialista em IA

Published

on

Elton Monteiro, especialista em IA
Foto: Arquivo Pessoal

Estamos entrando em uma nova era na qual a tomada de decisões empresariais está sendo revolucionada pela Inteligência Artificial (IA). O que antes dependia de longas análises, reuniões e deliberações humanas, agora pode ser automatizado e otimizado por algoritmos avançados, capazes de processar volumes gigantescos de dados em tempo recorde. O impacto disso está apenas começando a ser sentido, mas…

Continue Reading

Opinião

O ideal olímpico da indústria

Artigo escrito por Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)

Published

on

Artigo escrito por Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP)
Foto: CIESP/Divulgação

A indústria paulista correu, lutou, anotou cestas, cortou e bloqueou na rede, pedalou e fez emocionantes aces na Olimpíada de Paris. E repetirá os feitos na Paralimpíada, que será disputada entre 28 de agosto e 8 de setembro. Onze atletas do Sesi-SP participaram dos jogos, em modalidades como atletismo, vôlei masculino, vôlei feminino, basquete masculino, triathlon, ciclismo, judô, goalball e…

Continue Reading
Advertisement