Planejamento estratégico permanente garante segurança hídrica a Jundiaí
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Opinião

Planejamento estratégico permanente garante segurança hídrica a Jundiaí

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário.

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Foto: DAE Jundiaí

A gestão pública deve se antecipar às demandas de seus cidadãos. E para tal desafio depende de pessoas com responsabilidade, competência e vontade de executar a frente dos órgãos públicos. O arcabouço burocrático brasileiro apesar dos avanços é um entrave para a produtividade no primeiro setor, porem mesmo diante desse ecossistema cheio de armadilhas alguns municípios prestam bons serviços públicos à coletividade. Tal observação nos remete a apontar que a gestão dos recursos da sociedade ainda é carente de gestores capacitados.

É sabido que a água é um bem essencial para a vida, à falta dela terá impactos sociais, econômicos e ambientais. É exemplo de esvaziamento das cidades, baixa produção de bens e serviços, queda na qualidade de vida entre outras mazelas. Estados com abundancia desse recurso estão demonstrando as suas fraquezas na administração pública por falta de planejamento estratégico permanente, o que garante a sociedade o abastecimento ininterrupto do precioso líquido, independente da escassez de chuvas.

O secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do governo de São Paulo, Marcos Penido, disse durante o lançamento do Programa Água é Vida em 2021 que o estado vivia uma crise hídrica e salientou que durante a escassez dos anos 2014/15, a maioria dos envolvidos na questão, acreditava que eventos climáticos como esses levariam décadas para se repetirem e haveria tempo para adotar ações preventivas. Um dos objetivos do programa é justamente melhorar a gestão dos recursos hídricos e amenizar as crises, acredito que algumas empresas públicas serviram de referência.

O município de Jundiaí no Estado de São Paulo é uma referência para quase metade das cidades do país que enfrentam racionamento ou falta de água. Uma das receitas do sucesso da cidade é uma previsão de demanda bem elaborada e atendida e uma política de preservação do patrimônio natural é a base. Os munícipes tomam ciência do problema dos outros ao acessar as informações nas mídias, até mesmo de localidades próximas e banhadas por grandes rios.

Não é necessário ser especialista em ciências politicas para medir o nível de satisfação da população com a administração dos recursos naturais de uma cidade. Um legislativo que mantem a responsabilidade de aprovar um Plano Diretor que garante o equilíbrio dos interesses entre o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade ambiental é um importante pilar para esse avanço social. Junto a isso um conjunto de gestores e servidores que se destacam pela unidade de interesses sociais e econômicos colocando a cidade entre as melhores do Hemisfério Sul do planeta em todos os indicadores.

A empresa de consultoria em cenários prospectivos e administração estratégica, Macroplan realiza o estudo anual de acordo com os dados do Índice dos Desafios da Gestão Municipal (IDGM). Nessa análise considerando elementos básicos como educação, saúde, segurança e saneamento, Jundiaí se destaca em segundo lugar, ficando atrás apenas de Maringá no Estado do Paraná, uma cidade projetada pelos ingleses no século passado e com uma geografia favorável para organizar a ocupação espacial.

Uma sociedade atenta e consciente dos seus compromissos estará pronta para colaborar, criticar, elogiar, reconhecer e permitir a continuidade de líderes comprometidos com a perpetuidade de uma cidade forte e uma coletividade satisfeita. É necessário sempre recorrer aos ensinamentos de Luís de Camões para evitar surpresas: O fraco rei faz fraca a forte gente”.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí. Everton Araújo é brasileiro, economista e professor.

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O petróleo não é o excremento do diabo e sim uma Dádiva de Deus

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor.

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Países do Oriente Médio, Nigéria, Venezuela, Irã, Angola, Congo, Argélia e Rússia são grandes produtores e exportadores de petróleo. Pertencem ou apoiam a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), um organismo com viés monopolista e autoritário. Mas além da terra rica, essas nações têm outras características similares como pobreza, concentração de rendas, aversão a institucionalidade democrática e são dominados…

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Opinião por Miguel Haddad: Inundações no RS e o papel das cidades na luta contra o desequilíbrio do Clima

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Visão aérea de Porto Alegre - RS alagada
Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

O Rio Grande do Sul sofre nos últimos dias pela série de inundações devastadoras, resultantes das incessantes chuvas que assolaram a região. Com mais de uma centena de vítimas fatais e milhares de desalojados, estas enchentes se tornaram o pior evento climático da história do estado, desencadeando uma discussão urgente sobre os fatores que contribuíram para essa catástrofe e como…

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Opinião

A corrupção é uma tempestade permanente e contribui diretamente com o caos provocado pelos desastres naturais

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário

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Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

Os Desastres Naturais são fenômenos que geram impactos nas sociedades humanas trazendo consequências graves para as pessoas. Obviamente muitos desses representam o ciclo natural da terra e ainda a ciência não desenvolveu instrumentos precisos de previsibilidade, para ajudar a amenizar os impactos sobre a vida e a economia. Atualmente, alguns eventos climáticos têm aumentado de maneira significativa, e os cientistas levantam hipóteses…

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Opinião

Agência Moody’s confirma a recuperação da credibilidade da economia brasileira

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário

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Foto: Canva

As últimas décadas do século XX foram determinantes para a modelagem da ordem mundial vigente e a acumulação financeira condicionando à produtiva e dando origem a um tipo de capitalismo com menor dinamismo e maior instabilidade quando comparado ao sistema vigente no pós-guerra e, além disso, inverteu o sentido de determinação das crises que passaram a originar-se na órbita financeira…

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Planejar a cidade

Artigo por Jones Henrique Martins, Gestor de Governo e Finanças de Jundiaí

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Jones Henrique Martins, Gestor de Governo e Finanças de Jundiaí
Foto: Arquivo pessoal

Ao construirmos uma casa, necessitamos de planejamento e fundações sólidas. Assim também funciona com uma cidade: não há espaço para projetos desorientados, baseados em proposições meramente empíricas e desprovidas de sustentação orçamentária, sem unidade estratégica. O governador Mário Covas dizia que governar exige dizer sim, mas também dizer não. Acrescento que o que se diz, na prática, deve reverberar os…

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