Mark fala dos desafios da ACE na pandemia e de inovar para ajudar empresários de Jundiaí
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Entrevistão

Mark fala dos desafios da ACE na pandemia e de inovar para ajudar empresários de Jundiaí

Advogado e empresário, ele assumiu a presidência dois meses antes do início da pandemia: estratégia para vencer os desafios

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Responsável pela entidade que está prestes a completar 100 anos de trabalho em Jundiaí, Mark se diz privilegiado (Foto: Tribuna de Jundiaí)

O presidente da Associação Comercial Empresarial (ACE) de Jundiaí, Mark William Ormenese Monteiro, é o primeiro personagem de 2021 escolhido para o “Entrevistão” do portal Tribuna de Jundiaí.

Advogado e empresário, ele foi vice-presidente da ACE na gestão passada. Venceu as eleições de 2019 e assumiu a presidência em janeiro do ano passado. Dois meses depois, teve de encarar a pandemia do novo coronavírus: um desafio e tanto, que ainda assusta a todos pelos avanços da contaminação e reflete diretamente na economia do País.

Enquanto falava ao Tribuna, um “filme” passou pela cabeça do presidente. “Fui ouvindo as perguntas e lembrando das propostas que apresentamos para concorrer à presidência, de todo o trabalho realizado até aqui… mesmo com tudo o que está acontecendo, estamos avançando e isso é muito importante para o associado e toda a classe empresarial”, ressaltou.

Confira o bate-papo:

Tribuna de Jundiaí – Qual é o sentimento por estar à frente de uma entidade com 98 anos de história?

Mark William Ormenese Monteiro – Me sinto privilegiado por representar a ACE, uma entidade centenária, importante e reconhecida e que tem o seu papel na trajetória da cidade, que tem números muito positivos em todos os aspectos. Enquanto você estava fazendo a pergunta, passou um filme pela minha cabeça de toda essa trajetória, das propostas que fizemos e que fizeram parte da nossa vitória, ano passado. Algumas delas, apesar de toda a dificuldade, já colocamos em prática e outras estamos lançando agora, como o ‘Inovace’. Isso, para nós, é muito importante.

Tribuna – Como vice-presidente, na gestão passada, e agora na presidência os desafios têm sido muito grandes, principalmente diante de uma pandemia. Como você tem lidado com isso?

Mark –  Estamos vivendo um momento em que é difícil planejar o futuro. Cada dia é um dia diferente. Quando iniciamos essa gestão, tínhamos todo um plano para que a associação avançasse ainda mais e, por conta da pandemia, esse plano precisou ser suspenso por algum momento. Mas de forma alguma paralisamos as intenções e conforme a necessidade fomos nos adequando. O empresário, pelo momento que está passando, precisa do apoio da ACE. Com o volume que temos de responsabilidade dentro da cidade, pensamos sempre em soluções para que ele saia desta situação.

 

“O empresário, pelo momento que está passando, precisa do apoio da ACE. Com o volume que temos de responsabilidade dentro da cidade, pensamos sempre em soluções para que ele saia desta situação”.

 

Tribuna – Quais seriam essas soluções?

Mark – A associação sempre está focada em estimular o comércio da nossa cidade e fazer com que o empresário esteja com as melhores ferramentas em mãos. Para isso, a ACE pensou em algo que o ajudasse e criou o projeto Inovace, que foi feito para estimular os negócios no município. Devido à pandemia, os comerciantes foram obrigados com muita urgência a estar no mundo do e-commerce, da tecnologia. Tudo isso vem direto ao encontro da inovação e, pensando nisso, criamos diversas soluções para que ele possa sair dessa situação, crescer e se desenvolver. Com o comércio ativo, as pessoas estão empregadas, conseguem subsidiar seus custos, comprar e fazer fluir a economia.

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Presidente assumiu dois meses antes do início da pandemia: desafio (Foto: Tribuna Jundiaí)

Tribuna – O comércio tem sido afetado diretamente pela pandemia, muitos foram obrigados a fechar as portas por conta do recente retrocesso à fase vermelha. Como a ACE lida com isso?

Mark – É uma tarefa bastante árdua e vemos com muito pesar essa situação. Criamos um grupo voltado para acompanhar isso de perto e pensar junto com outras entidades, mas toda vez que víamos regressão de fase partindo para o fechamento, a visão era realmente de pesar, um sentimento ruim. O comércio não é culpado pela doença, que é muito séria e acomete as pessoas. O que fizemos e continuamos fazendo é dialogar com a Prefeitura e o Estado, fazendo pedidos para que entendesse a situação e não fechasse. Como a regra vem de cima (Governo do Estado), muitos dos nossos pedidos não foram atendidos e fomos obrigados a aceitar, mas não foi fácil. Causa um prejuízo enorme para a cidade, porque aquele comércio que não estava bem dificilmente conseguiu dar continuidade e aquele que estava bem teve dificuldade para ir para o e-commerce, de se adequar à situação porque muitas regras mudaram. Foi muito difícil.

 

“O comércio tradicional não acaba nunca, mas por conta da pandemia as empresas se viram obrigadas a ir para o mundo digital, onde acontecem muitas vendas”.

 

Tribuna – O que está sendo preparado para os comerciantes e empresários em 2021? Há uma luz no fim do túnel?

Mark – O Inovace é um respaldo para o empresário. Trata-se de uma parceria com o Sebrae e consiste em um agente inserido na empresa, ajudando nos pontos que precisam ser melhorados. Nós também criamos a mentoria digital, em que um agente nosso vai fazer encontros com empresários para levá-los ao mundo digital e ajudar a inovar naquele negócio. É uma oportunidade para vender em outras frentes. O comércio tradicional não acaba nunca, mas por conta da pandemia as empresas se viram obrigadas a ir para o mundo digital, onde acontecem muitas vendas. Também pensamos no Instituto de Dados, que vai levar informações do público consumidor: quem são as pessoas que compram, faixa etária, logística e entendimento do delivery… tudo para que ele possa vender mais. Outro braço do Inovace é a escola à distância, o EAD. Já temos a Escola de Negócios e agora vamos para o ensino on-line, levando a informação para o empresariado a fim de que ele saia deste momento.

Tribuna – O que vemos hoje no mercado é a nova empresa que fecha dois anos após iniciar o trabalho, muitas vezes porque não teve apoio. Essa estatística pode ser mudada em Jundiaí com tudo isso que você apresentou, não?

Mark – Sem dúvida! O que nós queremos é realmente que essa estatística não aumente, fazendo com que essas empresas consigam dar continuidade, tudo de forma gratuita para os associados da ACE. No decorrer do ano, tomaremos mais medidas neste sentido, levando informação para o empresário e fazendo com que tenha uma boa lucratividade.

Tribuna – Uma mensagem para o comerciante sobre o que ele pode esperar da ACE para 2021

Mark – O empresário, por si só, é esperançoso. Acredito que aos poucos, com a vacinação sendo feita, os negócios vão voltar a acontecer. Mas os empresários precisam aproveitar esse momento para se atualizar, adquirir conhecimento e informação. Assim, quando voltar a normalidade, todos estarão extremamente preparados. Os interessados em participar do projeto Inovace, aqueles que querem melhorar os resultados, devem acessar o site da ACE. Entrem em contato conosco, estamos à disposição de todos.

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