Frente à polarização que persiste, sensibilidade na comunicação política
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Opinião

Frente à polarização que persiste, sensibilidade na comunicação política

Raquel Loboda Biondi, jornalista e assessora legislativa na Câmara de Jundiaí

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Raquel Loboda Biondi
(Foto: Divulgação)

Nos últimos anos, sobretudo em períodos eleitorais, métricas e métodos formulados são vendidos como as soluções certeiras de vitórias a candidatos ou políticos de modo geral. Isso porque as redes sociais passaram a ser usadas também como meio de propaganda eleitoral e, com elas, naturalmente outra dinâmica se impõe no cenário de disputa.

Claro que linguagens já amplamente exploradas, como a clássica jornada do herói – e outros pilares que de fato são efetivos na construção de uma imagem, somados ao contexto social e econômico do momento eleitoral – precisam ser considerados, mas defendo que nesse duelo de narrativas que se estende desde 2018, o meio que parece deslocado pode encontrar um caminho de elo com a população pela humanidade das figuras públicas.

As redes sociais já provaram, pelo seu dinamismo quase frenético, que não há fórmulas fixas para a boa comunicação virtual. A única regra que vejo é a da criatividade e do poder de reinvenção ativados constantemente para que os melhores formatos sejam compreendidos e trabalhados para as diferentes plataformas e entregas de mensagem que surgem e mudam a cada dia.

E nesse contexto, as redes também deixam claro que a vulnerabilidade, os conteúdos ligados a questões que todos vivem no cotidiano, que trazem humanidade e de fato a aproximação que todos buscam nas telas, tornaram-se pontos de conexão bem sucedidos ao mundo virtual, inclusive na política.

Não existe uma única forma engessada de se fazer comunicação política. O que aprimora essas diversas linguagens hoje usuais são os dados, a pesquisa frequente, a análise do conteúdo e público, a observação sobre novas tendências e entregas, a atualização, o trabalho, e o aprendizado também frenético.

E ainda, dessa forma, se não houver um conhecimento profundo sobre aquela figura a ser humanizada, um olhar sensível sobre ela, o acompanhamento diário e personalizado sobre a sua espontaneidade, arrisco dizer que não haverá resultados, porque o que se consome hoje nas redes é também a realidade – ainda que algumas sejam maquiadas. Sobretudo na política, as pessoas buscam identidade com o ser humano, não somente com suas propostas.

Defendo a sensibilidade como uma ‘arma’ atenta neste desafio de humanizar, levar informação e mostrar simplicidade, nada exuberante que apenas distancie justamente o que as redes e seus consumidores querem aproximar: a vida comum.

Os artigos publicados pelos colunistas são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam necessariamente as ideias ou opiniões do Tribuna de Jundiaí.

Raquel Loboda Biondi, jornalista e assessora legislativa na Câmara de Jundiaí.

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Agência Moody’s confirma a recuperação da credibilidade da economia brasileira

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As últimas décadas do século XX foram determinantes para a modelagem da ordem mundial vigente e a acumulação financeira condicionando à produtiva e dando origem a um tipo de capitalismo com menor dinamismo e maior instabilidade quando comparado ao sistema vigente no pós-guerra e, além disso, inverteu o sentido de determinação das crises que passaram a originar-se na órbita financeira…

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Artigo por Jones Henrique Martins, Gestor de Governo e Finanças de Jundiaí

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Jones Henrique Martins, Gestor de Governo e Finanças de Jundiaí
Foto: Arquivo pessoal

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Os efeitos da escravidão promovida pelos colonizadores continuam impedindo o avanço da economia brasileira

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário

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Foto: Canva

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Opinião

Lula festeja o crescimento da economia e o povo ainda não

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

As projeções para a economia brasileira são positivas e o governo aproveita para promover as suas conquistas dando publicidade para a posição do Brasil no ranking das maiores economias global, e com isso vai camuflando o problema endêmico da distribuição de rendas. O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024…

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Opinião

Elon Musk ataca a democracia no Brasil, tentando barrar a BYD e amenizar sua agonia

Artigo por Everton Araújo, brasileiro, economista e professor universitário.

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Elon Musk
Foto: Reprodução/Youtube

O ambicioso, controverso, arrogante e polêmico bilionário sul africano Elon Musk, em uma entrevista à Bloomberg em 2011, caiu na gargalhada quando o repórter sugeriu a BYD como possível rival da gigante Tesla no setor de veículos elétricos. Musk respondeu com empáfia, perguntando se alguém já tinha visto um carro da marca chinesa, subestimando qualquer possibilidade de algum terráqueo superar…

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